O SERVIÇO DE PROTEÇÃO À CRIANÇA – SPC é uma Organização da Sociedade Civil – OSC, ou seja, uma entidade assistencial filantrópica, sem fins econômicos ou lucrativos, sendo suas atividades prioritariamente na área da saúde integral e da assistência social:
• Recém-nascidos;
• Nutrizes e
• Gestantes e, os seus familiares.
Fundada em 17/12/1943, o SERVIÇO DE PROTEÇÃO À CRIANÇA – SPC, por um grupo de beneméritos do Município, liderados pelo Dr. Raul Guisard, médico e filantropo. Ainda na década de 40 por doação da Prefeitura Municipal de Taubaté, gestão do Dr. José Luiz de Almeida Soares, recebeu um terreno, no qual, com recursos financeiros e materiais advindos de doações da então Diretoria, presidida pela Sra. Ondina Amadei Beringhs, dos associados e da comunidade local, construiu a sede própria na Praça Cel. Vitoriano, 99, Centro, a Casa da Criança como é conhecida, em 1950 passou a denominá-la Casa da Criança “Ondina Amadei Beringhs”, devido ao “reconhecimento pelo trabalho benemérito e competente que essa Presidente da Entidade realizava na direção da Instituição”.
No ano 2000, foi implantado na Instituição um BANCO DE LEITE HUMANO – BLH, iniciativa da então Diretoria da Casa da Criança, gestão da Dra. Maria Helena Beringhs, do médico-pediatra da Casa da Criança à época, o Dr. Paulo Rosa, e, com o apoio, do Rotary Taubaté Sul, do Rotary Internacional, que adquiriram todos os equipamentos e o furgão para a coleta domiciliar do leite humano; da Universidade de Taubaté – UNITAU, da Fundação Universitária de Saúde de Taubaté – FUST/UNITAU, que selecionou e treinou os recursos humanos, bem como, os mantinha até meados do mesmo ano, quando os transferiu totalmente para a Entidade, doando por convênio de prestação de serviços, cinco mil reais/mês como apoio. E, à época, a Prefeitura Municipal de Taubaté reformou as instalações cedidas pela Entidade para o BLH, de acordo com o previsto na legislação sanitária.
O principal objetivo do BLH desde a sua criação é incentivar e orientar o aleitamento materno e, ainda, promover a coleta, o processamento e a distribuição de LEITE HUMANO ORDENHADO PASTEURIZADO – LHOP, para ajudar a salvar a vida de recém-nascidos internados.
Em 2020, o BANCO DE LEITE HUMANO DA CASA DA CRIANÇA, realizou os seguintes serviços, conforme estatística na REDE BRASILEIRA DE BANCOS DE LEITE HUMANO – RBBLH:
• 450 recém-nascidos internados nas 04 UTINeonatais receberam o LHOP por este BLH.
• 2.254,895 litros de Leite Humano Ordenhado Cru – LHOC foram coletados, processados e submetidos ao processo de pasteurização.
• 6.168 exames bacteriológicos, teste de calorias, de Acidez Dornic, e teste de Crematócrito (amostra), realizados no Laboratório deste BLH.
• 642.080 litros foram pasteurizados.
• 539.770 litros de leite pasteurizados foram enviados às UTI Neonatais.
• 2.165 visitas domiciliares para coleta de leite humano e orientações às nutrizes doadoras.
• 810 atendimentos individuais às nutrizes e recém-nascidos, em consultas médicas e orientações da enfermagem na sede do BLH.
• 140 gestantes recebem orientações sobre aleitamento materno através de minicursos semanais na sede do BLH e, também na Casa da Amizade de Taubaté.
O PROGRAMA VIVA LEVE foi criado em 2007 pela Casa da Criança com o objetivo de tratar e prevenir a obesidade infanto-juvenil, em continuidade à preocupação com aspectos nutricionais e o crescente número de crianças e adolescentes com problemas de saúde decorrentes da obesidade e do sobrepeso e outros distúrbios nutricionais, preferencialmente, àquelas com receita familiar abaixo de 03 salários mínimos e, ainda, desenvolver projetos de prevenção à obesidade e sobrepeso, com base na proposta do Dr. Cristiano Rosa, médico endocrinopediatra, que implantou e atuou inicialmente nesse Programa, como voluntario. Ele conta com uma equipe multidisciplinar, parte contratada pela Casa da Criança e como serviço voluntário.
O Programa Viva Leve dispõe de um Centro Nutricional, uma Academia de Ginástica com vestiários e banheiros, inclusive para portadores de necessidades especiais, e, ainda, tem consultórios para os atendimentos médicos, psicológicos, de serviço social e de nutrição.
Ressalta-se que, também, tem por objetivo, a longo prazo, evitar a hipertensão, diabetes e outros problemas de saúde decorrentes da obesidade, e que no futuro acarretarão outros problemas que poderão levar à cardiopatias e internação dos adultos.
O PROGRAMA VIVA LEVE já atendeu nesses 11 anos de existência cerca de 600 crianças e adolescentes e suas mães ou responsáveis que os acompanharam na Entidade e, também, participaram das orientações e oficinas nutricionais do Programa.
Paulo César Severo