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quarta-feira 27 novembro 2024
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Reminiscências – Memórias de e com Adilson Barbosa: 2º Capítulo

Adilson Barbosa

No primeiro capítulo citamos os juniores ou infantis e meu começo no futebol. Gostaria de citar que no infantil do E.C. Taubaté tínhamos inicialmente um jogador fantástico que foi o Antônio Crisante, meio campista mais adiantado e goleador. Encantou-me vê-lo jogar e aproveitei seus lançamentos, toques sutis, tabelas um jogador perfeito, dribles fáceis e bonitos e eu sugava tudo isso e lá na frente fazia meus gols com mais facilidades com sutilezas, evidente com apoio dos demais companheiros que na maioria eram todos talentosos.

Foi um sonho passar por esses momentos delirantes e aproveitei o máximo fazer os gols que nos levavam as vitórias. Eu tinha rapidez, bons dribles velocidade e que me davam essas condições para muitas vitórias. Crisante também era um goleador um excelente talento e com muito futuro pela frente o que aconteceu pelos times que passou. Teve a sorte de conhecer PELÉ pessoalmente. Não foi só ele, era um infantil recheado de craques, Décinho, Frederico Testa, Toninho Miranda , Lardinho, Perruchinho, Garrincha, Claudio Tifu, Cesário, e muito mais. Uma vontade grande que continuasse, mas vida muda e prossegue com mais detalhes, novas maneiras, formas, estilo , conhecimentos, companheiros chegando, partindo, por inúmeros motivos.

A disputa era grande e chegar na posição de titular neste time era complicado e cansei de fazer gols como os demais. Um detalhe interessante é que na sequência dos jogos surgiu o jovem Bosquinho, ( irmão do árbitro João Peludo) para para jogar como volante, ou centro -médio, aí ficamos praticamente imbatíveis ( um time dos sonhos como dizia o amigo Crisante).Gostava de ver Bosquinho jogar nesta posição, pois depois passou a jogar na ponta direita no ataque. Como volante foi sensacional, tendo uma categoria para o domínio, marcação, passes, um craque de bola nesta posição um show.

Rememorando ficou a tristeza da perda de alguns companheiros queridos e admirados como Lardinho, Claudio Tifú, Perruchinho, o próprio Bosquinho que citamos acima, o técnico Paulo Abhoualla, descobridor nato de talentos e trazendo para o Taubaté. Pode citar Denizar de Oliveira que muitos anos depois me substituiu como comentarista, quando parei, na Rádio Difusora de Taubaté, O Zeno Prazeres, Helinho Morotti, e tantos outros que tiveram o prazer de jogar no meio dessa meninada.

Posso afirmar com certeza que foi um dos melhores momentos da minha vida. Lamentavelmente o destino levou muito tempo depois para o Senhor Deus, tanto Denizar como Helinho Morotti . Muitas saudades de todos que citamos e que já se foram.

Como tudo passa, tudo passará, tive o meu tempo e com imensa alegria cheguei para outra fase a do Juvenil que foram também interessantes e diferentes, outras agremiações, outros estilos de jogos e outras histórias que iremos contando aos poucos nestas “Memórias”, não só minhas como de colegas que participaram conosco. Depois ali na frente peripécias iriam surgir das mais variadas e novos ou mesmos companheiros estariam conosco. Essa já é outra história que contaremos outra vez…… acompanhem “ Recordar é viver” e é tão bom.

O gostoso é que depois das nossas participações íamos para a arquibancada coberta e assistíamos o jogo do profissional do E.C. Taubaté. Além de assistirmos aprendíamos com esses profissionais tarimbados o bom futebol e de competição, pois o Taubaté chegou a Primeira Divisão do campeonato Paulista e até campeão em 1954.

Com o tempo o Taubaté aproveitou alguns que participaram desses juniores , infantis, Juvenis, na sequência do time como João Estefano, Mario Celso ( Martha Rocha) Celinho de Angelis e muitos outros craques. Bons tempos e gostosos momentos.