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sábado 23 novembro 2024
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Quinho: não deixe o samba morrer

Tem samba em Tremembé nesse fim de semana, dia 21 de dezembro, sábado, à tarde, na Cervejaria do Botico. Além dos conjuntos que se apresentarão, o evento contará com a presença de Quinho, intérprete oficial do Salgueiro e de grandes Escolas de Samba por onde passou, empresariado pelo Rodrigo Soares.
Minha mesa está reservada para saudar o meu amigo Melquisedeque Martins Marques, mais conhecido popularmente como Quinho.
A minha história no samba começou na década de 70, nas Escolas de Samba Estação Primeira de Mangueira, Acadêmicos do Salgueiro e demais agremiações cariocas.
Dentre muitos interpretes que conheci na época, posso afirmar que Quinho foi sem dúvida o melhor que passou pelo Salgueiro, onde deixou sua marca registrada, com grandes sambas, como: “Peguei o Ita no Norte”, que sucumbiu a Marques de Sapucaí, “Rua do Ouvidor” e tantos outros, que não foram poucos.
Seu berço foi a Ilha do Governador, que jamais se esquecerá.
Acompanhei Quinho na Ilha, onde morava. Fui com minha esposa em sua casa, outras vezes com amigos. Desfilei com a Escola de Samba da Ilha na Sapucaí ao seu lado e também no Salgueiro. Uma das vezes, fui surpreendido por uma torcida na última arquibancada da Marques de Sapucaí. Era um grupo de Taubaté, que me chamou , e Quinho ainda brincou: “Você parece o interprete!” Ele foi até à torcida, cumprimentando os amigos. Um deles foi Zezé Valadão, e me lembro da rainha da Embaixada da Vila São José e seu esposo.
Acompanhei Quinho, e desfilei também ao seu lado na Escola de Samba Vila Maria, onde deu brilho a mais , e é muito querida em São Paulo. Esteve em Taubaté, e o levei para conhecer o Clube Onsen Thermas.
E com Quinho aprendi muito do samba. Na quadra após o ensaio, nos levava para as quadra, como na Imperatriz, Estácio, entre outras em que era bem recebido pelos amigos sambistas.
Quinho é muito carismático, atualmente com 62 anos de idade. Aonde ele chega é só alegria, e até hoje é respeitado quando pisa na Marques de Sapucaí ou em qualquer lugar do Brasil, onde o samba fala mais alto. Tem uma voz diferenciada, muito potente, e seu grito de guerra é um show à parte: ? Arrepiiiiaaaaa xxx! Pimba, pimba! Ai, que lindo!