Quando resgatamos de Mesmer, o pai do Magnetismo Animal, sua referência de que todo tratamento magnético começa com o agravamento da crise, percebemos que isso era um fato tão corriqueiro, que nos primórdios chegou a ser tomado como uma espécie de regra geral.
Com a ampliação da prática e dos estudos envolvendo essa Ciência, menos de um século após Mesmer ter apresentado sua base, outros magnetizadores começaram a perceber que isso não era um padrão inviolável. O grande Deleuze, mediante sua prática vigorosa e atenta, passou a observar que nem todos pacientes “pioravam” necessariamente nas primeiras sessões, e isso o levou a fazer comparações que pudessem indicar as razões dessa mudança de regra. Mesmo ele não tendo explicitado sua “descoberta”, os magnetizadores que o seguiram perceberam a necessidade de incluir dispersivos nos finais das sessões, pois esse incremento, ao contrário do que poderia ser pensado, não era técnica que “arrancasse” os fluidos doados/manipulados, mas sim que propiciava ordem e harmonia nas estruturas energéticas dos pacientes.
Partindo desse princípio, podemos dizer que muito dos mal-estares verificados em casos de aplicações magnéticas são decorrentes da falta de dispersivos ou mesmo da pouca atenção dada a esse item.
De outra forma, somos advertidos para que sejam trabalhadas as psi-sensibilidades dos pacientes, e estas só são mais eficientes quando, ao final do passe magnético, são aplicados ainda mais dispersivos do que o que se acharia ser um bom número, então fica ressaltado que se torna quase indispensável que se aplique mesmo os dispersivos ao final e que estes sejam feitos em uma quantidade relativamente alta.
Outro fator a ser ponderado é o que decorre de tratamento de pacientes com problemáticas crônicas. As mudanças que o Magnetismo propõe geralmente deixam sensações novas nos pacientes, as quais tendem a ser percebidas como estranhas. Na realidade trata-se de mudanças e adaptações a novos padrões ou referências energéticas pedindo um certo tempo de maturação. Tem sido comum pacientes com esse tipo de enfermidade (de longo tempo) reclamarem de coisas aparentemente sem sentido lhe ocorrerem quando se verificam as primeiras sessões. Ainda assim, muitos dispersivos aplicados ao final de cada sessão têm atenuado sobremaneira esse conjunto de sensações desagradáveis.
Não podem ficar de fora os casos que pedem mais do que doação; ao contrário, casos que pouco pedem de doação de fluidos de forma direta, como aqueles associados à depressão e à fadiga fluídica. Todo caso em que o paciente esteja com seus centros vitais congestionados ou fortemente obstruídos, recomenda a sabedoria magnética que não se lhe faça doações, especialmente concentradoras, pois as reações ou as percepções delas são muito desagradáveis e podem até levar ao agravamento do mal.
Afora tudo isso, é preciso relacionar algumas outras fontes de prováveis problemas:
No magnetizador: alimentação inadequada, comportamento emocionável instável, antipatia magnética não trabalhada na parte inicial do passe, esgotamento fluídico, ação magnética em ponto/centro/órgão de forma indevida e falta de preparo para a atividade.
No paciente: rejeição da ação magnética, a não ingestão da água magnetizada que lhe tenha sido recomendada e nas doses prescritas, não observar os cuidados devidos ou recomendados, comportamento psicológico repulsivo e o não se ajudar.
Na conclusão quero destacar ser preciso que valorizemos os dispersivos com toda sua riqueza, assim como observar e fazer observar todos os pontos prováveis que venham a desestabilizar o cosmo fluídico, seja do magnetizador, seja do paciente.
Quais as possíveis causas de malestar sentido por alguns pacientes após receberem o passe magnético?
jun 06, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Quais as possíveis causas de malestar sentido por alguns pacientes após receberem o passe magnético?Like