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sexta-feira 29 novembro 2024
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Produção de aço cai 2,8% no primeiro trimestre

No primeiro trimestre, a indústria brasileira de aço teve um desempenho 2,8% inferior ao do mesmo período do ano passado, com produção de 8,4 milhões de toneladas. As vendas internas caíram 0,1%, com 4,4 milhões de toneladas, e o consumo aparente caiu 1,4%, somando 4,9 milhões de toneladas.

A queda ocorreu, segundo o Instituto Aço Brasil, porque o setor ainda vem sentindo os efeitos das dificuldades na economia brasileira, com o atraso na aprovação da reforma da Previdência.

“Os resultados não foram positivos”, disse ontem, dia 25 o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes, em entrevista em São Paulo. “Isso não era esperado. Veio aquém daquilo que se imaginava. Nos primeiros três meses, o que tinha sido considerado vital pelo governo, que é a reforma da Previdência, que é um divisor de águas, é que o governo teve dificuldades grandes em relação à sua aprovação. É um governo novo, com propostas, estrutura e forma novas, ainda em acomodação das engrenagens todas. E o Congresso criou dificuldades para a aprovação daquilo que consideramos algo absolutamente prioritário ”, ressaltou.

“Para nós, é fundamental que haja retomada do crescimento econômico. Isso é imprescindível para o país”, afirmou.

“Para ter esse crescimento econômico de forma sustentável, tem que fazer o dever de casa. Tem que arrumar a cozinha. Tem que arrumar a casa. E o arrumar a casa é o ajuste fiscal. É fundamental, imprescindível para o país, aprovar a reforma da previdência. Há mobilização enorme de nossa parte junto a parlamentares, junto à mídia, junto a entes formadores de posição e de opinião, no sentido de convencê-los da importância estratégica da aprovação da reforma. Ela é vital. A reforma tributária também. Existe um manicômio tributário que precisa ser resolvido. ”

De acordo com o Lopes, para 2019 a indústria espera bom desempenho, com crescimento nas vendas internas de 4,1% em relação ao ano passado, somando 19,5 milhões de toneladas. No consumo aparente, a expectativa é fechar o ano com aumento de 4,6%, atingindo 22 milhões de toneladas, segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, o que só deve ocorrer se o Brasil conseguir fazer o ajuste fiscal, com as reformas da previdência e tributária.

“ Se a reforma for aprovada com densidade, e ela não pode ser desidratada, tenho certeza de que esses números serão alterados para cima.”