Exportações brasileiras de carne bovina já aumentaram 16% no primeiro semestre e podem encerrar o ano com percentual de 20% de crescimento em relação a 2019
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, reportou que o volume exportado de carne bovina in natura semana após semana vem ganhando força. “A quantidade embarcada neste mês é bem expressiva quando comparado com mesmo período do ano passado, na qual podemos bater o recorde do que foi de outubro do ano passado que exportou 160,1 mil toneladas”, afirma.
Os compradores chineses têm uma dependência muito forte sobre a proteína brasileira. “A China tem um papel importante no mercado de bovina deste ano e deve permanecer como o maior player já que o país asiático ainda tem registrado novos casos de peste suína”, comenta.
Com relação à demanda interna, o pesquisador aponta que o desemprego tende atingir a 14% da população e a ajuda do governo não vai durar muito. “Nós vamos passar por um período que a demanda interna vai estar mais enfraquecida neste segundo semestre. Mesmo voltando bares e restaurantes vai ser um processo mais lento até a retomada total”, ressalta.
A expectativa para o confinamento apontava que os preços do milho retraíssem, mas o cereal segue sustentado. “Nós temos um milho muito forte e com uma reposição elevada também e que deixa o pecuarista cauteloso para investir em confinamento. A oferta de animais está mais restrita neste período e os preços podem seguir firmes”, relata.
