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terça-feira 4 fevereiro 2025
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Primeira análise de focos de dengue mostra risco de epidemia em Taubaté

O CAS (Controle de Animais Sinantrópicos), da Prefeitura de Taubaté, divulgou nesta segunda-feira, 3, o resultado da ADL (Análise de Densidade Larvária) que verificou os índices de infestação de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, no mês de janeiro. Há risco de epidemia no município mais uma vez.

A ADL atingiu 2,4 pontos no IB (Índice de Breteau). Ou seja, foram encontrados 2,4 recipientes com larvas do mosquito Aedes aegypti em cada 200 imóveis pesquisados — quanto mais baixo o índice, melhor. Apesar de ser o menor valor apresentado no primeiro mês nos últimos seis anos, o número ainda aponta para que haja risco de epidemia na cidade.

Por isso, a Secretaria de Saúde alerta para a necessidade de cuidados preventivos, como a eliminação de recipientes que possam acumular água parada, foco de procriação do mosquito transmissor da dengue. E para envolver a população nessa tarefa diária de vistoriar seus lares a campanha “Você cuida aí, eu cuido aqui, da dengue é o fim” foi lançada no final de semana, atingindo bons números nas redes sociais, e que terá veiculação na mídia local.

Entenda a ADL

Durante a ADL são coletadas amostras em 6.000 imóveis escolhidos aleatoriamente em dez regiões da cidade (600 imóveis por região). Os resultados obtidos geram o IB, um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão da dengue, além da zika, chikungunya e febre amarela. Também são verificados os tipos de recipientes em que as larvas foram encontradas.

A área 5 do município foi a região em que mais larvas foram encontradas (4,31) e compreende os bairros Bardan, Jardim Gurilândia, Hércules Masson,Jardim Ana Rosa, Jardim do Sol, Parque Paduan, San Marino, Shalon, Vila São José, Residencial Sítio Santo Antônio e Vila Olímpia.

Outra região que apresentou quantidade significativa de larvas foi a área 7 (3,59), que corresponde aos bairros São João, Chácara Dr. Hipólito, Independência, Jardim das Nações, Jardim Humaitá, Jardim Mansur, Jardim Maria Augusta, Jardim Santa Cruz, Santa Luzia, Bom Conselho, entre outros.

De acordo com dado do Ministério da Saúde, o índice de tranquilidade é 1,0 ou menos. O valor foi de 2,4, o menor dos últimos anos (4,8 em 2019; 4,5 em 2020; 4,5 em 2021; 6,2 em 2022 e 5,7 em 2023 e 3,2 em 2024), mas está acima do nível 1,5, onde há risco de epidemia.

Casos

Até 29 de janeiro de 2025, a Secretaria de Saúde emitiu 444 notificações de casos de dengue e, destas, 30 foram confirmadas como casos positivos da doença. Um óbito ocorrido em 28 de janeiro, de uma senhora de 86 anos que apresentava doença cardíaca crônica, está em investigação.