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domingo 1 dezembro 2024
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Práticas estranhas ao Centro Espírita

• Rogério Miguez

É fato bem conhecido ter a nossa sociedade como um todo memória curtíssima, os espíritas, incluídos nesta mesma sociedade devem sofrer do mesmo mal, sendo assim, nunca é demais relembrar, ou mesmo esclarecer e informar a todos os que desconhecem, sobre algumas importantes conclusões, entre outras, registradas no Congresso Estadual de Espiritismo ocorrido em Atibaia ano passado, de 23 a 25 de junho, comemorando também os 70 anos da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – USE SP.
Este parcial relato contendo orientações e posições claras sobre o que é, e o que não é Espiritismo, foi retirado do conhecido periódico Correio Fraterno1, valendo a pena ser lido na íntegra:
“O movimento espírita tem dificuldade de lidar com a crítica. Porém, feita de maneira equilibrada, não pode ser considerada como algo destrutivo. É preciso atentar para práticas estranhas, não somente com relação à mediunidade, mas também em questões doutrinárias, gestão administrativa e as inter-relações dos espíritas, entre dirigentes, colaboradores e frequentadores.
Sobre o passe, concluiu-se que por ser uma doação de sentimento, muito simples, não há necessidade de movimentos e encenações. É preciso atenção sobre os limites das atividades de cura para não se correr o risco da caracterização de curandeirismo e prática ilegal da medicina.
Outro ponto analisado foi o crescimento de instituições que acabam por requerer um autêntico comércio para sua manutenção. Herculano Pires foi lembrado, através de seus comentários no livro O evangelho em espírito e verdade sobre Paulo de Tarso, que libertava a religião da política e do negócio, para ser vivida em si mesma, com toda a independência moral.
A apometria foi claramente considerada como prática não espírita. Há também centros espíritas utilizando-se de cursos e técnicas de magnetismo, sendo preciso haver a identificação sobre diferenças entre prática espírita e práticas alternativas de terapias complementares, que estão fora da alçada do centro espírita. ”
A Doutrina defende a nossa liberdade de ação e pensamento, contudo, sempre que optamos por agir de forma claramente contrária aos postulados doutrinários, assumimos responsabilidades, fornecendo exemplo questionável aos que de fora observam a conduta dos espíritas, bem como apresentando rotinas que podem ser confundidas com as verdadeiras atividades espíritas.
1 Correio Fraterno 476 – https://issuu.com/correiofraterno/docs/correiofraterno476.