Grupo de senhoras voluntárias que elaboram, durante o ano, peças de lã, em tricô e crochê, que são doadas, no inverno, para asilos, casas de repouso, solicita ajuda de doação de lã
Este ano a matéria-prima do trabalho do grupo “Fios tecendo Amor”, a lã, está escassa. E as senhoras voluntárias, em casa, querendo fazer o que mais gostam, que são os gorros, os sapatinhos e cachecóis, tudo com muito carinho e dedicação. Formado há 5 anos por senhoras que sempre quiseram se reunir para trocar ideias e tricotar. Foi assim que surgiu o “Fios tecendo Amor”, sem restrição de idade, religião, número de pessoas, porque sempre mais gente fazendo o bem, melhor.
Solange Benevides é uma das voluntárias que sempre fica à frente das reuniões, dos preparativos para a divisão dos trabalhos, da elaboração das peças e sua contagem, e no corre-corre das entregas. Ela conta com o total apoio de seus familiares e sua mãe é uma das pessoas que mais produz peças. Dona Ciabinha, como é carinhosamente chamada, tem 93 anos, suas peças preferidas são os cachecóis. “Mamãe tem uma facilidade e rapidez para esse trabalho”, comenta.
Toda emocionada, Dona Ciabinha, conta que fazer essas peças traz mais vida, mais visão. Pois, desde que perdeu muito de sua visão, se guia pelo tato. Para ela as visitas aos asilos é tudo. “Eu toco, eu sinto, quando vamos para as entregas converso com as pessoas e procuro passar meu carinho, para mim é muito gratificante”, explica essa voluntária super ativa.
Nos anos anteriores já foram doadas cerca de 3000 peças para entidades variadas. O grupo vinha promovendo encontros para a confecção das peças e sempre promoviam algum evento para arrecadar lãs. Também as pessoas que vão conhecendo o trabalho do grupo ajudam com doações. Com o foco de atender idosos e crianças que moram em asilos e abrigos, as doações, muitas das vezes, vão além dos gorros, sapatinhos e cachecóis de lã, as voluntárias levam para passar umas horas com os internos muitas guloseimas e outros mimos.
Para Maria Alcina o tricotar é tudo. “Tive um problema sério no braço e precisei colocar uma prótese. Conversando com a Solange, ela me disse para tentar, e não é que consegui. E pensando em fazer o bem, eu também recebi o bem, pois a médica me disse que essa foi a melhor fisioterapia que eu poderia ter arrumado”, disse.
Neste ano de 2020 tudo está sendo diferente para as tricoteiras também. E como todas estão no grupo de risco, as limitações apareceram. As entidades não estão permitindo entrada de visitantes, as reuniões não estão sendo realizadas para não haver contato, entre outros cuidados. Assim a divulgação fica limitada e só as doações de lãs, das voluntárias, não estão sendo suficientes. O grupo precisa de mais matéria-prima para aumentar a produção dessas senhoras, que estão prontas para o tricotar.
Heleny Indiani disse que sempre fez tricô e quando recebeu o convite, para participar do grupo, foi uma grande emoção. “Faço com o maior carinho minhas peças. É gratificante entregar para idosos e sentir o afeto deles para conosco”. A voluntária ressalta a necessidade de o grupo receber doações de lãs e assim aumentar a produção de cada uma. “Quem estiver lendo essa matéria e pensar em contribuir, com um novelo de lã, vai nos ajudar e muito”, contou.
No período de pandemia, onde muitos estão em suas casas, as voluntárias querem despertar o espírito solidário em cada uma dessas pessoas, que sentirem vontade de ajudar, tanto para se juntarem ao grupo “Fios tecendo Amor”, quanto nas doações de lãs. Mesmo com as dificuldades deste ano, já foram doadas cerca de 300 peças.
Nem todas as voluntárias do grupo participaram dessa entrevista. Mas todas foram convidadas. E nesse período de pandemia, que quase tudo está sendo realizado online, não poderia ser diferente com as tricoteiras que estão em casa e se inteirando pelo Whatsapp, e assim, passaram seus depoimentos para eu concluir essa matéria.
Como ajudar:
O grupo aceita doações de qualquer tipo de lã para a produção dos cachecóis, dos gorros e dos sapatinhos.
Também aceita doações de meias (novas), roupas e cobertores.
Falar com Glaucia Moraes no celular (12)981642309.