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domingo 22 dezembro 2024
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População desocupada sobe para 12,4 milhões em julho, diz IBGE

Dados fazem parte da Pnad Covid-19 divulgada pelo instituto

A população desocupada do país, entre 12 e 18 de julho, chegou a 12,4 milhões de pessoas, um pouco acima do registrado na semana anterior, quando era de 12,2 milhões. Com o resultado, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, a mesma da semana anterior, mas acima da taxa registrada da primeira semana de maio (3 a 9 de maio) que atingiu 10,5% e quando o número desocupados era de 9,8 milhões. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19) semanal, divulgada na sexta-feira, dia 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na terceira semana de julho, cerca de 6,2 milhões de pessoas (7,5% da população ocupada) estavam afastadas do trabalho por causa do distanciamento social. O número representa queda tanto em relação à semana anterior quando 7 milhões de trabalhadores (8,6%) estavam afastados quanto na comparação com a primeira semana da pesquisa, entre 3 e 9 de maio – 16,6 milhões de pessoas, o equivalente a 19,8% da população ocupada.

Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, esse movimento, provavelmente, representa o retorno das pessoas ao trabalho.

“Como o total de pessoas não afastadas do trabalho aumentou na terceira semana de julho, isso indica que a maioria das pessoas que estavam afastadas pelo distanciamento voltaram para o trabalho que tinham antes da pandemia”, observou.

De acordo com a pesquisa, na terceira semana de julho, a população ocupada do país era de 81,8 milhões. O número representa estabilidade em relação ao período anterior em que foi estimada em 81,1 milhões de pessoas e queda na comparação com a semana de 3 a 9 de maio, quando era de 83,9 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade aproximada ficou em 32,5%, o que é um recuo em relação à semana anterior (34,0%) e à semana de 3 a 9 de maio (35,7%). A taxa de participação na força de trabalho ficou atingiu 55,2%, o que estatisticamente, segundo o IBGE, é estável se comparado à semana anterior (54,8%) e, ainda à primeira semana de maio (55,2%).

Fora da força de trabalho

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurava por trabalho, somou 76,2 milhões de pessoas e se manteve estável em relação à semana anterior, quando alcançou 76,9 milhões, como também à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Entre essas pessoas, a pesquisa apurou que cerca de 28 milhões de pessoas ou 36,7% da população fora da força de trabalho disseram que gostariam de trabalhar. O contingente ficou estável em relação à semana anterior (28,3 milhões ou 36,7%), mas cresceu na comparação com a primeira semana da pesquisa entre 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

A pandemia ou a falta de uma ocupação na localidade em que moravam foram os motivos para cerca de 18,6 milhões de pessoas que gostariam de trabalhar, não procurarem uma vaga. O número correspondia a 66,4% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. O total permaneceu estável em relação à semana anterior (19,2 milhões ou 68,0%) e em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).

Saúde

A Pnad covid-19 estimou também que na terceira semana de julho, cerca de 3,3 milhões de pessoas ou 23,7% das que apresentaram algum sintoma da doença buscaram atendimento médico. O total ficou estável em relação à semana anterior, quando era de 3,0 milhões ou 21,5% e, no entanto, de queda em números absolutos mas aumento em termos percentuais, se comparado à semana de 3 a 9 de maio. Naquele momento somaram 3,7 milhões ou 13,7%. De acordo com a pesquisa, cerca de 85% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.

Na semana de 12 a 18 de julho, os números indicam que 13,8 milhões de pessoas ou 6,5% da população do país apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal investigados pela pesquisa, que são febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular. Estatisticamente, isso representa que ficou estável frente a semana anterior de 13,9 milhões ou 6,6% da população e de queda em relação ao período de 3 a 9 de maio, 26,8 milhões ou 12,7%.

A Pnad-covid-19 mensal apontou que cerca de 912 mil pessoas procuraram atendimento em hospital, público, particular ou ligado às Forças Armadas na semana entre 12 e 18 de julho. Entre os que procuraram atendimento, 135 mil (14,8%) foram internados, o que também é uma estabilidade frente a semana anterior (124 mil ou 13,6%) e a semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).