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sexta-feira 15 novembro 2024
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Política & Políticos – Eleições 2020 Taubaté (11)

Foi como um soco no estômago ao primeiro instante. Ninguém esperava atitude tão absurda, como uma renúncia de um político. A fuga de um candidato ao mais alto cargo do município, a um debate público, em preparação ao segundo turno das eleições deste ano, é assim interpretada.

Uma fuga política eleitoral é equiparada a uma renúncia a um cargo para o qual foi eleito. O Brasil ainda é traumatizado pela mais famosa renúncia de sua história, a de Jânio Quadros, em 1961, à presidência da República.

A fuga a um debate, é como se o interessado renunciasse antes de chegada a hora. Sentiu o peso da derrota, que se avizinha. Isto assustou o candidato, e ele, apoiado em um boato, uma mentira, uma “fake-news”, alegando falsidades, plantadas talvez pelos seus próprios auxiliares, fugiu ao debate programado pela TV Câmara Municipal.
Ao justificar sua fuga, acusou pessoas idôneas, responsáveis, de vazarem informações que comprometeriam a lisura do evento.

Experimentou do próprio veneno. De tanto, usar de “fake-news” em sua veiculação pelas redes sociais, José Saud se escorou numa “fake-news” para alegar suspeição do debate e não comparecer.

Fuga a um cara a cara político, é emitir cheque em branco, admitindo a derrota antecipadamente.
As pesquisas paralelas, informais, existentes não favorecem Saud. Elas são implacáveis, e apontam Loreny (Cidadania) como a preferida do eleitorado.

Fuga é covardia, medo, despreparação ao embate. Fuga é admissão da derrota, antecipada.
Nos debates anteriores, promovidos por emissoras de TV, claramente se percebia o incômodo que o assunto trazia a Saud. Ele se sentia incomodado, enrolava-se nas suas respostas, acuado, medroso, projetando sua despreparação para pleitear o mais alto cargo do município. A disputa pelo cargo seria muita areia para o seu caminhãozinho.

O debate desta quarta-feira na TV Câmara Municipal foi transformado em entrevista com a candidata concorrente, Loreny (Cidadania) , diante da ausência injustificada do concorrente Saud,(MDB).

E Loreny soube se aproveitar da fuga do adversário, um WO, como numa partida de futebol, que pune o fujão com a perda dos pontos e de mais alguns ainda. Assumiu o posto de candidata única e se soltou.

Respondeu aos questionamentos, feitos de maneira descontraída, solta, alegre, com se estivesse numa sabatina, mostrando todo o seu conhecimento e preparação para a disputa do cargo.

A cada pergunta, Loreny desfilava como numa passarela do conhecimento com respostas assertivas, oriundas da sua preparação e do seu conhecimento, mostrando sua maturidade em conduzir a gerência de uma cidade com mais de 300 mil habitantes.

Foi segura, determinada, olhando de frente, com respostas de solução para todos os problemas questionados. Foi uma prova de “olho no olho”, com a candidata, em que ela se saiu magistralmente aprovada para tal missão a que se propõe.

Se fugiu, Saud amargou seguidas derrotas, a da ausência, o que gera antipatia e rejeição dos telespectadores e perda de votos no dia 29 de novembro, possibilitou ainda o crescimento da candidatura de Loreny. Como se diz popularmente, ela deitou e rolou na entrevista. Ganhou adeptos novos, confirmou os mais antigos e consolidou suas pretensões eleitorais, assegurando praticamente sua vitória domingo próximo.

Sabe-se, nos bastidores políticos, que o candidato saudita, teria apoio discreto do prefeito municipal, derrotado no primeiro turno e com dor de cotovelo pela derrota, partiu para o tudo ou nada, apoiando Saud, tentando recuperar algum prestígio, com o seu leite já derramado.

Com a fuga do candidato saudita, saindo pela porta dos fundos, o prefeito que tentava ganhar um prêmio de consolação, agarrando-se nas pernas do candidato fujão. desmoronou também. Agora Inês é morta, com a fuga, o candidato fujão mostrou fraqueza, insegurança, incapacidade intelectual e emocional. Passou recibo em atestado de burro, como dizia o ex-prefeito Guido Miné. Dizia ele, político não pode passar recibo em atestado de burro. É o fim da carreira. Nesta história toda, é como matar o coelho com uma só cajadada. Mata o coelho, ( Saud) e por tabela, acerta o prefeito, derrotado, inconformado, que tentou se salvar na última hora.

Uma virada na vida política municipal. renovação, o novo chegando para reescrever a história da cidade.