A previsão é de quedas que possam ser sentidas quando a safra de soja e milho de 2021 começar
Fonte: APAS/FIPE
O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE e divulgado mensalmente pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), aponta uma inflação de 1,58% no setor em novembro. O número é 0,71 pontos percentuais (p.p) menor que outubro.
Pelo segundo mês consecutivo, itens da cesta básica que são subprodutos da soja tiveram aumentos menores ou até quedas, apesar da alta demanda do exterior pelo produto. O preço do óleo, por exemplo, que chegou a registrar 30,6% em setembro, caiu para 16,4% em outubro e 9,6% em novembro. Outro item, o arroz, caiu de 16,9% para 10,48% e, agora, 5,7%. O leite, que chegou a registrar inflação de 7,2% em setembro, teve deflação de 4,2% em novembro.
“O início dessa queda se deve ao fato de os consumidores estarem mais cautelosos e o Governo Federal ter zerado a taxa de importação do arroz. A redução dos preços, de uma forma geral, será mais perceptível quando começar a safra do início de 2021”, aponta o presidente da APAS, Ronaldo dos Santos.
A variação do preço dos alimentos e bebidas é decorrente de uma série de variáveis, entre elas a alta do dólar, o auxílio emergencial, a exportação de milho e soja, e a peste africana que atingiu os suínos na China.
Um dos principais itens que puxou a inflação geral em novembro para cima são as proteínas. A explicação é que o aumento se deve ao crescimento dos custos de produção devido à elevação da ração dos animais, ao aumento da demanda por suíno e à demanda internacional de importação. No geral, os cortes bovinos subiram 3,8% e as aves 2%, frente 5,3% e 9,1% registrados em outubro, respectivamente. Os suínos praticamente se mantiveram em 8%.