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sábado 16 novembro 2024
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Pedra da Boca, patrimônio geológico da Paraíba

Formação rochosa da Pedra da Boca

 

“O acaso fundiu enorme Boca de Pedra para a natureza nunca se calar. Petrificada em um ponto mais alto, para ela sempre falar. A boca de pedra canta e assovia para também beijar.” (O autor)

 

 

O parque estadual da Pedra da Boca é situado no município de Araruna na Paraíba divisa com o Rio Grande do Norte.

Destacada em uma das rochas do complexo maciço. Além da Pedra da Boca, há também, a Pedra do Letreiro com inscrições rupestres, da tribo indígena, Tapuia. A Pedra do Anselmo, um nativo da região que morava perto de uma fonte de água cristalina onde todos iam beber água. A Pedra do Carneiro, formato da cabeça do animal. Pedra do Olho d’água fonte de água pura. Pedra da Santa, a fé no santuário de Nossa Senhora de Fátima e Pedra do Coração, onde casais se aconchegam em noite de luar.

Os contrafortes de granito do parque apresentam formas desenhadas pelo tempo. A ciência explica o processo que modela as rochas por meio de ação da própria natureza. Através do vento, da chuva, das mudanças de temperatura, e eventuais abalos sísmicos, mudam as estruturas das rochas. Esse processo geológico de transformação do tempo acontece em milhões de anos.

As caminhadas pelas trilhas levam a conhecer cavernas, passar rastejando por algumas grutas e trilhas que variam de uma a sete horas de duração. O calor do sertão é muito forte e a reposição de água e de alimento é indispensável.
Francisco Cardoso de Oliveira, guia local, mais conhecido por seu Tico. Paraibano, contador de lendas, trabalhador e bem-humorado que conhece cada palmo daquele chão. “Quando me disseram que a partir de 1988 o sítio Água Fria ia ser o parque estadual da Pedra da Boca em 2000, comecei a pensar diferente. Trabalhar como um condutor de visitantes. Significa dizer que tinha de conversar com as pessoas pra não caçar mais nessa área, limpar o ambiente pra o visitante. Passei a mesma coisa pra minha família e todos eles fazem direitinho. Essa região é abençoada pelo verde, pelo chão que produz alimento, pelas pessoas que vêm e voltam satisfeitas”. Ele disse que antes do remapeamento dessa região, o rio Calabouço que divide o RN da PB se chamava Bujari, que do, Tupi, quer dizer “Areia Frouxa”.

 

Tibério de Sá Leitão – Jornalista