Um levantamento feito pela assessoria econômica do Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), com os dados do Sistema Nacional de Emprego do Ministério da Economia, mostrou que na primeira quinzena de maio foram realizadas no município de Taubaté 940 requisições para o seguro-desemprego.
Na comparação com a segunda quinzena de março, quando se deu início a quarentena, na tentativa de frear a pandemia do coronavírus, há um crescimento de quase 150%. Naquele período foram apenas 381 pedidos.
No Brasil entre a segunda semana de março e a primeira de maio, houve aumento de 114%, passando de 235.327 requisições para 504.313 requisições. Já no Estado de São Paulo, neste mesmo extrato temporário, houve avanço de 102%, sendo que somente nos primeiros quinze dias de maio foram 149.289 pedidos.
Destes, 1/3 foram de pessoas entre 30 e 39 anos e 55% são homens. Foram 46,5% provenientes do setor de serviços e 25% do comércio.
Cerca de 1/3 dos requerentes recebiam de 2 a 3 salários mínimos e 87% possuíam até o ensino médio completo.
Para o presidente do Sincovat e vice-presidente da FercomercioSP, Dan Guinsburg, esses números mostram mais um cenário de deterioração do mercado de trabalho formal trazido pelos severos impactos do novo coronavírus.
“Até a chegada dessa pandemia, estávamos numa evolução, com novos postos de trabalho surgindo. Agora, existe uma corrosão empregatícia que vai abalar toda a economia por muito tempo e, novamente, a informalidade deve aumentar”, explica Dan.