A homologação da candidatura ocorreu na convenção do partido, realizada em Brasília, nesta quarta-feira, 20
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) formalizou, nesta quarta-feira, 20, a pré-candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
A homologação da candidatura foi aprovada por unanimidade — com 250 votos presenciais e 30 on-line — na convenção nacional do partido, realizada em Brasília. Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ciro discursou para apoiadores agradecendo aliados políticos em diferentes estados, disse que sempre lutou contra o deficit social e financeiro e criticou opositores na disputa ao Planalto.
Ela afirmou que os governos petistas não construíram reformas estruturantes, mas deixaram um legado de pequenos avanços que se mostraram fragilizados com a chegada da direita ao poder.
“Eles [PT] pedem para voltar. Vão fazer em 4 anos o que não fizeram em 14? O que o lulismo conseguiu em 14 anos foi parir Bolsonaro. […] Chamar um de comunista e outro de fascista não dá emprego, não coloca comida no prato de ninguém”, disse.
Ciro também prometeu “salvar a Petrobrás”, garantir a preservação da Amazônia, olhar para a educação pública, ciência e tecnologia e acabar com o orçamento secreto e o teto de gastos “no primeiro dia de governo”.
“O teto corta apenas investimentos no povo e deixa intactos os juros absurdos pagos aos banqueiros.”
Quem é Ciro?
Nascido em Pindamonhangaba, estudou e iniciou sua vida política no Ceará, enquanto cursava a faculdade de direito na universidade federal do estado. O pai, José Euclides Ferreira Gomes Jr., foi quem o inscreveu para disputar a primeira eleição da vida: como deputado estadual, em 1982, pelo então PDS (Partido Democrático Social).
Como deputado, conheceu Tasso Jereissati e logo passou a ser convidado para eventos da entidade que reunia empresários. Em 1983, ingressou no PMDB. Em 1986, apoiou Jereissati na eleição para governador, da qual ele saiu vitorioso.
Foi eleito prefeito da capital cearense em 1988 pelo PMDB. Dois anos depois, foi eleito, com 56% dos votos, governador do estado pelo PSDB. Deixou o governo em setembro de 1994, com 74% de aprovação popular, após ter sido convidado pelo então presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Fazenda.
Ciro saiu do PSDB em 1996. Migrou para o PPS e concorreu pela primeira vez à Presidência da República, nas eleições de 1998. Voltou a disputar em 2002. Em janeiro de 2003, Ciro Gomes assumiu o Ministério da Integração Nacional. O político deixou o ministério em 2006, o mesmo ano em que se elegeu deputado federal pelo Ceará. Filiado ao PDT em 2015, depois de passar por PSB e PROS, foi oficializado candidato novamente.