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domingo 22 setembro 2024
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Paralisação de 4.500 trabalhadores marca o “Dia do Basta” em Taubaté

Paralisação de 4.500 trabalhadores marca o “Dia do Basta” em Taubaté

A mobilização pelo “Dia do Basta” na sexta-feira, dia 10, interrompeu o primeiro turno de 25 indústrias do Distrito do Piracangaguá, em Taubaté, com paralisação de 4.500 trabalhadores. O ato faz parte de uma ação nacional em defesa dos direitos trabalhistas.
Além de fortalecer a luta por aumento real e mais investimentos em Taubaté, o “Dia do Basta” foi organizado para demonstrar toda a insatisfação dos trabalhadores com as demissões e as reformas Trabalhista e Previdenciária.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Cláudio Batista da Silva Junior, o Claudião, a paralisação de 100% do Piracangaguá marca uma nova etapa na unidade dos trabalhadores. Além das fábricas do Distrito, a mobilização contou com adesão dos metalúrgicos da GE.
“Os patrões saibam que não vamos aceitar uma campanha salarial sem aumento”, afirmou. Claudião destacou ainda a união dos sindicatos na organização do ato. A mobilização foi articulada pelo Sindmetau e outras categorias com base no Piracangaguá, como Químicos, Refeição Coletiva e Condutores.
O ato teve ainda a participação dos Sindicatos da Construção Civil, Papeleiros, Hoteleiros, Metalúrgicos de Pinda, FEM-CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores) e subsede da CUT Vale do Paraíba.
“O caminho é esse, o caminho da luta. A reforma trabalhista está trazendo mais desemprego. O povo não aguenta mais”, declarou o diretor da subsede da CUT, José Carlos de Souza.
O “Dia do Basta” começou por volta das 4h. Os trabalhadores que chegavam ao Distrito foram conduzidos para um ponto de concentração, próximo à fábrica da Codeme, onde o ato foi realizado.
Representantes sindicais falaram sobre a necessidade dos trabalhadores se unirem para manter direitos e conquistas. O presidente do Sindicato da Alimentação Coletiva, José Carlos da Conceição, disse que as manifestações pelo país mostram a atual condição dos trabalhadores.
“Esse é o primeiro de muitos dias para dizer basta, pois se o governo mexe na vida do trabalhador, ele mexe com todas as famílias brasileiras”, declarou José Carlos.
O secretário de administração e finanças do Sindmetau, Juarez Ribeiro, lembrou ainda a entrega do patrimônio público e das riquezas naturais do país, processo promovido pelo governo de Michel Temer.
“O basta também é para que este governo golpista pare com a entrega do pré-sal e da Embraer. Nossa união é muito importante neste momento para lutar pela volta da nossa soberania”, afirmou Juarez.