A partir da década de 1980 ocorreu a criação e consolidação de clubes no interior do Estado de São Paulo, área do país em que tem se apoiado no movimento Panathlon com maiores empenhos. Neste período surgiram os clubes de Taubaté, Sorocaba, São José dos Campos, Santos, Jundiaí, Jaboticabal, Mococa, Mogi das Cruzes. Fora do Estado de São Paulo organizaram-se clubes em Recife e Manaus.
Na década de 1990 foi a consolidação dos meios de influência do Panathletismo no Brasil, representados por causas sociais tendo o esporte como vetor principal. Em termos operacionais, esta fase correspondeu à adoção de um tema por ano, em torno do qual se passou a definir o voluntariado tanto para ações do movimento como para parcerias institucionais de interesse local e regional. Esta estratégia originou-se das bases internacionais do Panathlon com os quais o Distrito XII conseguiu alcançar plena sintonia e maturidade no período em foco. Nesta década, a expansão nacional do movimento teve continuidade pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Amazonas.
Em 1991 o Panathlon da cidade de São Paulo atuou decisivamente na preservação do status de Secretária Municipal de Esportes local. Ou seja: um projeto de reforma administrativa da cidade de São Paulo pretendia considerar a Secretária em pauta um simples desdobramento da secretária Municipal de Cultura. Ela seria transformada em um mero departamento, rebaixando o seu status anterior justificado por sete anos de existência e iniciativas de grande importância para a comunidade local. Neste contexto, o Panathlon Clube de São Paulo convidou, para um de seus convívios mensais, todos os vereadores da cidade, obtendo um quórum superior a60 por cento dos integrantes da Câmara Municipal. Após as argumentações dos panathleta se autoridades presentes, obteve-se afinal a retirada da proposta pelo Executivo Municipal, confirmando-se assim a postura de intermediação do Panathlon.
José Pereira da Silva