A maioria dos malefícios do sedentarismo são conhecidos da maioria da população: doenças cardiovasculares, aumento de peso, diabetes tipo 2, apneia do sono etc.
Um estudo divulgado em janeiro de 2021 pela Organização Mundial de saúde (OMS) confirma que o brasileiro se exercita menos do que deveria. O levantamento aponta que, nos últimos 15 anos, praticamente um em cada dois adultos (47%) no Brasil não faz atividades físicas suficientemente.
No contexto promovido pela pandemia, esse cenário poderia ser ampliado, alcançando até aqueles que se mantinham ativos antes das restrições sanitárias.
Independentemente da idade, a adoção de hábitos saudáveis tende a trazer longevidade e qualidade de vida. Quanto maior o nível de atividade física, maior o efeito protetor sobre eventos cardiovasculares e mortalidade. Melhora a função cardiovascular e imunológica e também contribui com a saúde mental, colaborando na redução do estresse e ansiedade.
A atividade física promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defasas do corpo e ajuda a manter o peso corporal adequado. Com isso, contribui para prevenir o Câncer de intestino (cólon), endométrio ( corpo do útero) e mama.
Sugere-se que se realiza pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada por dia, mas já há evidências de que mesmo quando realizada por menos tempo a atividade física traz benefícios para a prevenção de câncer e para a saúde.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), se a prática de atividade física aumentasse em 25% mais de 1,3 milhão de mortes precoces poderiam ser evitadas a cada ano no mundo.
O sedentarismo é o quarto fator de risco mais importante para a mortalidade precoce por todas as causas, de acordo com a OMS. Calcula-se que a falta de exercícios regulares é responsável por 6% das doenças cardíacas coronárias; 7% do diabetes tipo 2; 10% do câncer de mama e 10%do câncer de cólon.
Um estilo de vida mais ativo contribui para diminuir a incidência de várias doenças crônico-degenerativas, reduzindo os índices de mortalidade cardiovascular e geral.
Para à terceira idade, a atividade física traz benefícios como a prevenção da osteoporose e a manutenção da massa muscular, possibilitando mais força, flexibilidade e equilíbrio para realizar tarefas do dia-a- dia, além de uma melhor autoestima e maior consciência corporal.
Manter as pessoas ativas e saudáveis significa também poupar custos com internações e tratamentos desnecessários.
Prof. José Pereira da Silva