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quinta-feira 28 novembro 2024
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Os valorosos benefícios da doação

• Waldenir Cuin – Votuporanga/SP
“A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhe fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.” (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco C. Xavier, item 28.)
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Fazer uma doação é quando dispomos de alguma coisa, de um bem material e o entregamos, de forma definitiva, a alguém que tem necessidade dele.
Já o doar-se é o gesto de nos doar, isto é, de oferecer o nosso tempo, trabalho, ideal, alegria, esperança em favor de uma causa nobre ou de pessoas carentes que caminham conosco, pois que, afirma o Espírito Emmanuel que devemos praticar a caridade do suor.
Em ambas as situações os maiores beneficiados somos nós mesmos, pois que dentro da lei de ação e reação e de causa e efeito, colheremos sempre os reflexos decorrentes das ações praticadas.
Dentro do sábio contexto dessas duas leis da natureza, a criatura que encontra disposição para servir será sempre servida. Quem ama é amado, quem socorre é socorrido, quem protege é protegido, quem aplaude é aplaudido, quem é educado recebe educação, quem respeita é respeitado, quem abençoa é abençoado. Da mesma forma, e, pelas mesmas leis, quem agride é agredido, quem calunia é caluniado, quem maltrata é maltratado, quem ofende é ofendido, enfim, quem pratica o mal recebe a maldade. Paulo de Tarso, o fiel e dedicado divulgador das imprescindíveis lições de Jesus Cristo, afirmou: “cada um colherá aquilo que tiver semeado”. (Paulo, Gálatas, 6: 8.)
Sabendo disso, age com prudência e bom senso aquele que vive e pratica o bem e, por certo, atua com pouca inteligência a criatura que ainda descuida e vivencia o mal.
Como as justas e sábias leis de Deus nos concedem o livre-arbítrio, obviamente, cada um tem o direito e a liberdade de seguir os seus dias pela vida da forma que melhor lhe aprouver. Somos livres para escolher, mas fatalmente colheremos as consequências naturais das escolhas feitas.
Sendo assim, melhor e mais acertado será refletir demoradamente na qualidade das ações que estamos deliberando no quotidiano, pois que somos os construtores de nossa paz e felicidade, ou os artífices do nosso sofrimento e decepções.
Fazendo doações ou nos doando estaremos construindo a pilastra forte que sustentará a base da nossa prosperidade espiritual, que nos permitirá deixar o mundo íntimo das imperfeições e defeitos, que ainda nos mantêm em estado de inferioridade moral, para permitir o nosso acesso às regiões evolutivas de maior graduação, onde lograremos usufruir de mais serenidade e conforto.
Evidentemente, os tempos são chegados para que despertemos a consciência e percebamos que, até o momento, diante de tantas dores e sofrimentos, decepções e amarguras, caminhamos na contramão da lógica e da razão. Importa, então, mudar o rumo da nossa vida, direcionando as nossas metas e objetivos para uma existência mais espiritualizada e menos material.
Ao nosso redor, bem próximo de nós, existe uma infinidade de oportunidades e mecanismos que, se bem observados, poderão, de imediato, nos assegurar amplas possibilidades para a mudança da direção que temos seguido até agora.
E, como a proposta das leis divinas é promover a felicidade e o bem-estar das criaturas, procuremos atuar, decididamente, de forma a contribuir para que tal empreitada seja atingida.
Existem crianças pobres precisando de recursos de sobrevivência, mães desesperadas pela escassez de alimento no lar, chefes de família desempregados, jovens trilhando por vielas sombrias e perigosas, casais vivendo em conflitos, lares desestruturados, criaturas chafurdadas nos vícios, doentes implorando socorro, depressivos de mãos estendidas, criminosos arrependidos esperando novas oportunidades, desesperados e desiludidos, vivendo na indiferença e muito mais.
Ante o quadro visível de angústias e aflições que se descortina à nossa frente é preciso ter “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir” para que saibamos como fazer as nossas doações e nos doarmos também.
Meditemos…