• Jacob Melo
No passe coletivo, os fluidos em operação não precisam passar necessariamente pelos braços e mãos dos passistas, já que, nesse caso, o mais comum é a circulação dos fluidos partir diretamente dos centros vitais dos doares, além dos fluidos dos espíritos aí envolvidos. Ocorre que temos um atavismo — expressando fisiologicamente nossas reflexões psicológicas —, o qual leva a maioria dos passistas a ficar com os braços e/ou as mãos estendidos para cima e para a frente, como se estivessem a envolver o público. Mesmo que nossas emissões ou transferências fluídicas, nessas ocasiões, se dêem pelos pólos emissores (mãos), o direcionamento e a captação dos fluidos se darão à semelhança de uma irradiação (passe à distância).
Merece, todavia, ser levado em consideração a maneira como o público poderá “reagir” ao não posicionamento mais ostensivo dos passistas. Se os pacientes acreditarem que não estando os passistas bem posicionados e “direcionando” com as mãos os fluidos, então os benefícios não acontecerão; esse pensamento gerará força inibidora, não catalisadora, podendo vir a tornar o passe ineficiente ou inócuo.
A grande importância a ser destacada no passe coletivo é a posição mental, tanto do passista como do paciente. Esperança, fé, oração, confiança e humildade são ideais para uma boa sintonia nos passes em geral, sendo nos coletivos, entretanto, de indispensável efetivação para que os benefícios sejam alcançados em sua maior força. E isso tem uma explicação. Vejamos.
No passe individual, o passista responsável procurará se assegurar do “clima fluídico” do paciente e, dentro de suas atribuições, estabelecerá a “relação magnética” — elemento de singular importância para o sucesso das boas transferências fluídicas. No passe coletivo — e aqui está o ponto chave —, ao paciente é que caberá o esforço de manter a sintonia com a fonte emissora do fluido, procurando então estabelecer e sustentar a “relação magnética”. Resumindo: no passe individual o paciente é passivo enquanto no coletivo deve ser atrativo, ativo.
O que assistimos nas cabines de passes — individuais — é uma relativa inversão disso. No passe individual, o paciente, via de regra, se “entrega” mais confiante e contrito enquanto no passe coletivo ele fica mais distante, menos sintonizado — até como conseqüência de sua natural descrença na eficiência do mesmo. Ora, se no primeiro a ação direta e direcionada do passista fortalece o circuito fluídico e se, no segundo, cabe ao paciente estabelecer esse vínculo e, ao contrário do que deveria, ele se torna menos “ligado”, não é de se estranhar que os passes coletivos continuem sendo considerados como passes de “segunda linha”, por serem menos eficientes.
Necessário, pois, que as Casas Espíritas expliquem melhor o “funcionamento” dos passes coletivos a fim de que passistas e pacientes estejam mais abertos aos benefícios aí existentes e tão pouco aproveitados.
Quando todos estivemos conscientes das nuanças dos passes coletivos e nos portarmos mais afinados com seus requisitos, fácil comprovaremos sua fantástica eficácia. Que o diga aqueles que já puseram em prática — de forma metódica, inclusive — tal mecanismo fluidoterápico.
Como testemunho pessoal, semanalmente existe um grande número de pessoas que se dirigem ao Lar Espírita Alvorada Nova – LEAN, Casa à qual estou vinculado, situada no município de Parnamirim, na Grande Natal-RN, às quartas-feiras pela manhã, em pleno horário comercial, em busca dos passes coletivos aqui realizados. E seus depoimentos são estimulantes e enriquecedores. No LEAN os pacientes que recebem passes coletivos já sabem como absorver o maior e o melhor dos fluidos à disposição.
• ( www.jacobmelo.com ; Matéria também publicada no “Correio Espírita do Rio de Janeiro” – Jul/2014).
Os passes coletivos e os individuais – parte 2/2
ago 15, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Os passes coletivos e os individuais – parte 2/2Like
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