Num século onde o sagrado vem sucumbido à fascinação científica e técnica, quando tantos valores espirituais estão sendo engolidos por slogans materialistas, só há um caminho de salvação: o retorno às fontes, ao silêncio, à prece , à meditação.
O silêncio transmite paz, serenidade, clima de encontro, de aproximação. Se você não souber parar um pouco, no gesto respeitoso, solidário e compreensivo para ouvir seu irmão, talvez ele perca a sua última oportunidade de redenção, de encontro consigo mesmo.
O amor, dizia Claudel, “é dom recíproco, exclusivo, de dois seres que livremente permutam tudo o que tem e tudo o que são”. Às vezes, é preciso morrer um pouco para que viva mais feliz a pessoa que amamos. Em certas oportunidades, só a renúncia nos liberta, engrandece e dignifica.
Ninguém atinge o país da plenitude sem atravessar desertos interiores. Sé alcança a Terra Prometida quem sabe palmilhar o deserto. Quem não se abastece perde fôlego, altura, entusiasmo, motivação.
A prece não aliena, mas nos coloca mais próximos, mais juntos, mais identificados com nossos irmãos. È meditando que descobrimos melhor suas necessidades, virtudes e limitações. Oração autêntica é sinônimo de amor.
Coloque Deus em tudo o que você fizer, e você terminará encontrando-o em tudo o que lhe suceder. Na alegria e na dor. No infortúnio e nas horas de felicidade. No Calvário e no Tabor.