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terça-feira 8 outubro 2024
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O Sono e os Sonhos – II

• Adilson Mota
Quanto mais profundo o sono, maior pode ser o desprendimento do Espírito. Isto significa que as suas andanças fora do corpo sofrem menos influência da matéria ao mesmo tempo em que ficam menos gravadas no cérebro físico, pois não foram captadas através dos sentidos corporais.
Por vezes, os sonhos se mostram simbólicos. Para entendermos o porquê disso, é preciso lembrar que há uma diferença vibratória muito grande entre o Espírito, que é muito sutil, e o corpo, que é muito denso. Assim sendo, o que se passa ao nível do Espírito não consegue ser registrado de forma eficiente e completa pelos mecanismos biológicos. Daí, surge um simbolismo como se fosse um recurso de conversão a fim de que fique marcado no cérebro físico aquilo que foi experienciado pela alma.
Dito isso, podemos entender que não existe interpretação dos sonhos como vulgarmente se pensa. Cada símbolo utilizado é particular, não tem uma conotação genérica, “(…) de modo que é absurdo acreditar-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra”.**
Além disso, os sonhos podem ser confusos quando se misturam imagens do passado com o presente, a visão do Espírito fora do corpo com as suas preocupações do dia a dia, ou quando as lembranças são fragmentadas, como se faltassem pedaços. É comum não ficar impresso no sonho o momento em que o Espírito se ausenta do corpo e quando a ele retorna. Assim, se tornam ininteligíveis os sonhos. De qualquer modo, na maioria das vezes, não importa saber o que significam os sonhos que tivemos ou o que fizemos quando semidesligados do corpo. Se recebemos orientações dos Bons Espíritos e não lembramos, que elas fiquem guardadas no nosso íntimo e que consigam ser colocadas em prática quando necessário, que alimentem a alma com uma luz nova a clarear a nossa inteligência na direção do bem.
O sono e os sonhos são fases do processo geral de emancipação da alma. São momentos de refrigério em que podemos nos encontrar com seres melhores que nós ou aliviar a saudade que sentimos daqueles que já partiram. É como uma oportunidade de suavizar a “dureza” da vida material que Deus permite esses momentos fora do corpo físico.