Ser professor sempre foi buscar constantemente a transformação de vidas, ambientes e pensamentos. Naturalmente, a posição do tutor sempre foi de extrema importância no aspecto educativo e formação do pensamento crítico nos alunos “aprendizes”. Porém, agora chegamos a um novo desafio em um período em que a tecnologia rompe padrões de aprendizagem. Não basta mais um professor conhecer determinado assunto e ter experiência na área. Temos um novo fator relevante para engrandecer nosso aprendizado contínuo, trata-se da transformação digital caminhando em sintonia com a construção da aprendizagem.
O professor com mimeógrafo, retroprojetores, transparências já não existe faz algum tempo. Seus instrumentos de trabalho mudaram bastante, porém, como estão os pensamentos cognitivos? Como está a real transmissão de conhecimento? As aulas de antigamente extremamente show parecem ter perdido espaço frente ao novo modelo de aprendizagem.
Da mesma maneira que a Indústria 4.0 trouxe uma tecnologia disruptiva para transformar a forma de comunicação entre departamentos e também modificou o modo de armazenamento de dados produtivos, tivemos na educação um processo semelhante de mudança na transmissão do conhecimento. Nas décadas de 1970, 1980 e até início dos anos 90, o professor era visto como uma enciclopédia ambulante, pois além das bibliotecas com grandes volumes de enciclopédias, tínhamos apenas o professor que “armazenava” o conhecimento e estava disposto a transmitir essa sabedoria acumulada para nossas mentes.
Esse processo de aprendizagem, que também podemos salientar como disruptivo, rompeu os padrões e trouxe várias metodologias diferenciadas, tais como: sala de aula invertida – onde o professor não é mais o protagonista principal, e sim os alunos têm papel fundamental em participar das aulas modificadas pelo docente. Neste novo modelo uma temática é debatida buscando desfrutar o interesse na resolução de problemas em equipe e o docente assume o papel de estimular o interesse e a curiosidade do estudante em adquirir maior conhecimento em pré-aulas, aulas presenciais e pós-aulas.
Esse novo formato de aprendizagem tem conquistado não só o interesse dos alunos aprendizes, mas das instituições de ensino.
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Isso porque elas têm que estar preparadas frente à tecnologia de armazenamento de dados nos ambientes virtuais de aprendizagem, com resoluções rápidas trabalhando os efeitos visuais, sinestésicos e auditivos. As “web-aulas”, os textos, as atividades diagnósticas, o professor e a própria infraestrutura das unidades de ensino precisam constantemente de atualizações rumo à essa transformação digital.
É de fundamental que todos compreendam que o professor tem um novo objetivo na nova sociedade 4.0. acadêmica: ele passa a atuar como mediador de conteúdo e facilitador de aprendizagem entre o aprendiz e a tecnologia.
A transformação digital na área acadêmica já trouxe grandes benefícios. Prova é a velocidade de informações que conseguiram se transformar em conhecimento. Apenas lembrando que o conhecimento é uma construção pessoal, portanto, é de fundamental importância que o professor esteja sempre construindo seu próprio conhecimento.
* Edner Roberto de Castro Silva é professor e coordenador dos cursos de Administração, Tecnologia em Recursos Humanos, Logística e Marketing da Faculdade Anhanguera de Taubaté.