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quarta-feira 25 dezembro 2024
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O livre-arbítrio e a influência dos Espíritos

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
Em que, na realidade, consiste o livre-arbítrio?
O livre-arbítrio pode ser definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.
Apanágio da criatura humana, o livre-arbítrio se amplia com o aprimoramento espiritual, quando o senso se responsabilidade mais claramente se acentua.
Pensar que seja a vida guiada por um determinismo em que todos os acontecimentos estejam fatalmente preestabelecidos é raciocinar de maneira ingênua, simplória, porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso. Seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à mercê dos acontecimentos.
O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente no momento em que ele se prepara para uma nova encarnação, quando pode escolher o gênero de existência e a natureza das provas a serem enfrentadas.
Escolhendo tal família, certo meio social, o Espírito sabe de antemão quais são as provas que o aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provas para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios.
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É verdade que os Espíritos podem influir diretamente sobre nossos pensamentos e atos?
A resposta é sim, como podemos ver lendo as questões 456 a 472 de O Livro dos Espíritos.
Na Revista Espírita de 1858, Kardec retomou o assunto e afirmou que os Espíritos exercem sobre os homens uma influência salutar ou perniciosa, e não é preciso, para isto, ser médium. Não havendo a faculdade, eles agem de mil e uma maneiras. A influência dos Espíritos sobre nós é constante e todos acham-se expostos a ela, quer acreditem ou não. Segundo o Codificador do Espiritismo, três quartas partes de nossas ações más e de nossos maus pensamentos são frutos dessa sugestão oculta. (Revue Spirite de 1858, p. 285).
Sabemos hoje, porém, que a base da influenciação está na sintonia, está em nossa mente. Fazendo sempre o bem e pondo toda a confiança em Deus, ensina o Espiritismo, podemos neutralizá-la.