• Rosangela Pires
Iniciamos com Mateus, VII, v. 1 e 2 -“Não julgueis a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgados os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles”.
Isso já bastaria para ponderarmos o nosso julgamento, que normalmente é direcionado pelo egoísmo e nos faz tomar parte de um, dentro de um contexto. No entanto, esquecemos que a medida para o nosso julgamento será a mesma com a qual julgamos.
Outra face do julgamento é que nos despiremos da roupa chamada corpo físico e então nos apresentaremos tal qual somos, ou seja, não há mais como usar máscaras, aliás, mesmo em posse da roupa corpo, Deus sabe o que vai ao nosso coração, por isso considera a intenção, e é essa que atenua ou agrava as nossas faltas.
Mas, se você ainda está certo de que o seu julgamento é assertivo, voltemos à resposta de Jesus em eminência ao apedrejamento: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra…”.
E ainda assim julgamos nos esquecendo de que os habitantes deste orbe têm uma característica que os iguala inevitavelmente, a imperfeição. Seja você a mudança que exige no outro, simples.
Exigimos que o outro seja reto, enquanto não somos, exigimos que o outro se coloque como gostaríamos e isso é uma postura egóica, mas não importa, queremos assim.
E desta maneira, saímos a semear a discórdia e por contrariedades pessoais manchamos e ferimos pessoas para que o nosso ego seja satisfeito. Ainda que possamos usar a máscara do “coitado de mim”, é consolador saber que Deus sabe o que vai em nosso coração e chegará o dia de nos despirmos diante Dele. E aí, aplausos ou reprovação?
É menos humilhante transferir a culpa para o outro do que aceitar a nossa participação. Tudo são escolhas, livre escolha, com colheita justa e bondosamente obrigatória.
Portanto, amigos, nem tudo o que reluz é ouro. Será que sob a ovelha pode se esconder um lobo feroz? Será que estamos comprando o peixe pelo real valor ou conforme nos querem venderam? Não se deixe enganar, atenção.
Encerramos com o evangelho, no capítulo dez, item treze, na utilidade de ajuizar valores: “A censura de conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos criticamos. Este último motivo jamais tem escusa, pois decorre da maledicência e da maldade…”.
Sigamos nos esforçando para ser melhor que ontem.
O julgamento
mar 01, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em O julgamentoLike