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quinta-feira 26 dezembro 2024
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O crescimento de leitores, escritores e lançamentos de livros durante a pandemia

Uranio Bonoldi comenta sobre o cenário e fala sobre o seu best-seller “A Contrapartida”

Mais tempo em casa, mais tempo livre para colocar a leitura em dia. Pelo menos é o que indicam os dados do Painel de Varejo e Livros no Brasil, pesquisa feita pela Nielsen e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel): o número de livros vendidos cresceu 18,69% em fevereiro, comparando com o mesmo período do ano passado – as vendas somaram R$ 172,14 milhões, um aumento de 6,29%.

O estudo sugere que devido à pandemia e ao isolamento social, as pessoas passaram a buscar nos livros uma opção de entretenimento. Mas não foi só o número de leitores que aumentou – a quantidade de títulos lançados cresceu 12,59% em relação a 2020, o que indica um maior volume de escritores também.

É o caso de Uranio Bonoldi, autor do best-seller “A Contrapartida” (Editora Valentina), que foi um dos autores que contribuiu para esse aumento: “Estou me dedicando a uma trilogia.

‘A Contrapartida’ foi o primeiro livro. O segundo já está finalizado e, no momento, passa pela revisão final e crivo do Publisher da Valentina, Rafael Goldkorn, antes de ser lançado e o terceiro estou escrevendo nesse momento”, revela o escritor.

A obra de Uranio é um thriller que fala sobre o poder de uma decisão e proporciona uma série de profundas reflexões, sem deixar o entretenimento e o suspense de lado. E aí entramos novamente na pesquisa já citada: considerando as vendas desde o início de janeiro, as obras de ficção tiveram aumento de 34,5% em valor e 41% em volume. Isso demonstra um desempenho muito superior ao da média do setor, que cresceu 10,43% em receita e 19,02% em volume. “Acredito que devido à situação em que estamos vivendo, os leitores estão priorizando obras que os façam fugir um pouco da realidade, levar a outros contextos e paradoxos – e nada melhor do que a ficção para isso”. Aliás, este fato pode estar contribuindo para que o público brasileiro se interesse mais pela leitura de forma geral e por obras ficcionais, o que pode se tornar um hábito maravilhoso a ser cultivado, comenta o autor.