• Roni Ricardo Osorio Maia – Volta Redonda/RJ
Escrever sobre quem admiramos é tarefa que nos sensibiliza bastante! Em nossa opinião são dois expoentes do Espiritismo nas terras brasileiras.
Cairbar Schutel (1868-1938) e Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984) estão em nossa vida espírita em diversos estudos proferidos por todo nosso tempo de divulgação sobre as verdades imortais trazidas ao mundo, codificadas por Allan Kardec e assessorado pelos Espíritos Superiores.
Interessante destacar que, conforme o artigo “O grande esquecido” do livro À luz do Consolador, a médium fez a dissertação sobre o sacerdócio mediúnico e relembrou Cairbar Schutel, nas orientações, por correspondências, pois ambos conviveram fraternalmente por cartas ou epístolas endereçadas a um e a outro.
Conselhos, orientações e incentivos eram o que a jovem buscava e encontrava em Cairbar. Ele era para ela um coach de nossos dias… Além do estímulo, a referência para os estudos espíritas por meio de Léon Denis, outro ser dedicado ao Espiritismo e, como ambos, também fidedigno a Kardec.
É oportuno registrar que, tal comparação à época de Yvonne, ao esquecimento de Espíritas do porte de Cairbar e seu grandioso acervo, da nossa parte, assim também, procedemos quando iniciamos os estudos e pesquisas nas obras da médium fluminense, em 2003, e ouvíamos durante alguns anos, em nossa cidade e região Sul Fluminense, por onde percorríamos com a palestra A mediunidade de Yvonne Pereira: “Yvonne está muito esquecida!”.
Revigorá-los, em nossas propagações e pesquisas deverá sempre ser a meta de todos aqueles que buscam orientações seguras e pragmáticas e com desvelo à Causa Espírita.
Exímia estudiosa, Yvonne colecionava, na década de vinte, século passado, em Lavras, o jornal O Clarim e buscava junto ao Editor, aconselhamentos úteis para a labuta, Numa época onde se escreviam cartas e aguardavam-se dias para as respostas. Naquele tempo, nada foi fácil ao Movimento Espírita, então nascente, como: injúrias, ataques e perseguições sistemáticas e de toda ordem por parte do Clero; e, os dois experimentaram inúmeras vezes tudo isso naqueles dias…
Cairbar, ainda mais, por ter estado à frente da criação de jornal e centro espírita, no interior paulista (Matão): o bandeirante do Espiritismo no Brasil.
Convergiremos os pontos em comum entre os dois: perseverança, força de vontade e acima de tudo traziam as mediunidades que lhes foram granjeadas e não temeram os inúmeros desafios!
Yvonne, uma jovem questionadora e afeita às observações encontrou em Cairbar o orientador seguro e destemido, direcionando-a aos conhecimentos para abastecê-la junto ao ideal kardequiano, ela, então, se respaldava em outros baluartes espiritistas e respectivas obras, como Léon Denis, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano.
Ambos com temperamentos fortes precisaram do autoburilamento em seus ímpetos. Cairbar, por ser homem, com maior bravura e enfrentamentos, Yvonne recebia apoio de seus guias espirituais constantemente a ampará-la – Charles e Dr. Bezerra.
A diferença entre eles estava no fato de Yvonne ter nascido em berço espírita, já Cairbar tornou-se depois (antes de família católica e participante dos rituais da igreja), até se converter com apoio de amigos. Ela se abastecia no amigo distante a força e sustentação necessárias para seguir adiante.
Por isso são referências aos espíritas! E ter visitado as terras deles, como Rio das Flores – RJ – cidade natal de Yvonne (diversas vezes com palestras ou participações em eventos), e duas viagens até Matão – SP, cidade onde viveu Cairbar, marcou-nos profundamente o nosso espírito, por envolvermos, com muita empolgação, em seus trabalhos e termos usufruído das mesmas atmosferas e psicoferas, de cada um, em suas jornadas pelo Brasil.
Com a nossa gratidão às memórias de Yvonne Pereira, nossa amiga de todas as horas; e Cairbar Schutel, um desbravador do Espiritismo.
O contato epistolar entre Yvonne Pereira e Cairbar Schutel
mar 23, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em O contato epistolar entre Yvonne Pereira e Cairbar SchutelLike
Previous Post“Vejo no Oceano” traz ilustrações estampadas e páginas cortadas que compõe cada trecho da historinha
Next PostNa educação de um filho, o pai é imprescindível