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quarta-feira 25 dezembro 2024
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Novembro tem maior inflação mensal do ano e sobe 1,21%

Aumento das carnes faz gastos no varejo subir 3,24%
O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), aponta uma inflação de 1,21% o que faz o índice acumulado do ano subir 3,24% em 2019, e nos últimos dozes meses em 3,79%. Esta foi a maior inflação mensal do ano e a maior desde junho de 2018.

Entre as principais causas da inflação em novembro estão a subida no preço da carne, com o aumento nas exportações devido à abertura de novos frigoríficos certificados para exportação para China, a alta do dólar e a arroba do boi. Outro agravante é a seca prolongada que prejudica os pastos e assim há atraso na produção. Segundo o CEPEA, o valor da arroba do boi em agosto era próximo de R$ 150; em outubro, o valor atingiu R$223,60.
Como consequência para o consumidor, em novembro os cortes de carne bovina com maior aumento no preço foram o coxão duro (14,8%), contrafilé (13,9%), alcatra (12,9%) e fraldinha (12,4%).

Ao analisar o acumulado do ano, Braço (25,3%), Fígado (17,2%) e Acém (16,7%) foram os cortes com maior aumento.
Ronaldo dos Santos, presidente da APAS, conta que a associação tem acompanhado atentamente as variações de preço da carne. “Os preços tendem a se estabilizarem, pois, a arroba, depois de subir 50% nos últimos dois meses, teve uma queda de 10% desde o início deste mês. A variação de preço na matéria prima (boi) acaba refletindo no preço para o consumidor, tanto a alta como a queda”.
O valor das demais proteínas cresceu por causa do efeito substituição da carne bovina. O preço do frango acompanhou o aumento, fechando o mês em 6,12%; as carnes suínas subiram 5,48%. Os ovos cresceram 1%.
Outros produtos também contribuíram para a inflação de novembro. No mês, o campeão de aumento é o maracujá, com 18,90%, seguido pelo limão, que já soma 108,02% no acumulado do ano. Outros produtos, como alho e feijão, também registram grandes altas no ano, sendo 31,82% e 24,31%, respectivamente.
Em outubro, 14 das 27 subcategorias apresentaram aumento de preço, já em novembro 20 produtos registraram alta nos preços.