Levantamento socioambiental será realizado pelo instituto H&H Fauser e vai definir diagnóstico e ações de educação ambiental
A prefeitura de Santa Branca e o Instituto H&H Fauser anunciaram na última quarta-feira, 22, nas comemorações do Dia Mundial da Água, a realização do projeto “Diagnóstico Socioambiental da Sub-Bacia do Córrego São Joaquim”, iniciativa financiada pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), com investimento de R$ 347 mil na sua elaboração, que terá o prazo de 12 meses para ser finalizada.
Participaram do ato, o prefeito Adriano Levorin, os vereadores Kalisa do Jota, Adinelson Tarcilio, Francisco de Assis Nunes da Silva e Juan Jimenez Jurado Junior, além de representantes de organizações da sociedade civil e de pessoas da comunidade.
Levorin destacou que o projeto vai beneficiar toda a população, mas chamou a atenção, em especial, para a sua importância aos produtores rurais e a participação da Secretaria de Educação e da rede municipal nas ações de educação ambiental propostas. “Os produtores terão a oportunidade de restaurar suas áreas e nossos alunos terão a oportunidade de se envolver e aprender com isso”, afirmou.
Segundo a presidente do Instituto H&H Fauser, Amely Imtraud, o objetivo do projeto é realizar um levantamento socioambiental da sub-bacia em questão, que definirá as áreas prioritárias, mobilizando os proprietários rurais para a restauração de suas Áreas de Preservação Permanente (APPs) junto a nascentes e corpos d’água.
“Também vislumbramos um programa de fortalecimento da educação ambiental formal e não formal no município e das organizações ambientalistas locais, algumas incluídas na parceria”, diz. Entre essas parcerias estão a Associação Socioambiental Colibri e o Sindicato Rural, entre outros, que ajudarão na mobilização da população e, posteriormente, na execução das ações de educação ambiental a serem definidas pelo projeto.
A diretora de Meio Ambiente da prefeitura, Oscarina Prado, disse que a expectativa é de que essas informações e ações possam sensibilizar a população para a conservação dos recursos naturais do município e corroborar nas propostas de planejamento urbano do município. “O diagnóstico vai integrar os aspectos ambientais e sociais e gerar um material técnico importante que tende a vir a corroborar para o nosso planejamento urbano e estratégico, e a partir da sensibilização de quem está no entorno da bacia, para encontrar propostas de soluções para as questões levantadas”, explica.
Córrego São Joaquim
Segundo o professor e historiador Sarkis Alwan, santa-branquense de nascimento, o córrego São Joaquim está muito ligado à história local. “Quando os pioneiros resolveram construir a capela que deu origem à cidade, ela foi colocada justamente num triângulo cercado por águas e uma dessas águas era do córrego São Joaquim”, conta. Ele relata também que era na cabeceira da bacia que antes era feito o abastecimento de água da cidade. “A água vinha por gravidade”.
