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quarta-feira 13 novembro 2024
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Natal: manifestou-se a vida de Deus

O que evoca o Natal para nós O nascimento de Cristo, os presentes, uma festa familiar, as decorações das ruas, das casas. Quaisquer que sejam as imagens que nos venham à mente, elas são por vezes ocultados pelo tumulto do comércio e da agitação. É então que, atordoados, nos perguntamos: Para que serve o Natal.
O Natal é em primeiro lugar uma festa para os pequenos e para os pobres. Cristo nasceu num estábulo porque não havia lugar para Ele em lado nenhum. E foi antes de tudo aos pastores, ou seja, aos pobres, que a Boa Nova foi anunciado. Neste sentido, compreende-se porquê o Natal perdeu o seu sabor e o seu sentido nas sociedades ocidentais. Pelo contrário, veja-se como esta festa irradia com mais força junto aos frágeis do nosso mundo.
Uma festa não “serve” para nada. Ela não é da ordem da utilidade nem da eficácia. A alegria não se decreta, celebra-se. A alegria do Natal dá-nos uma esperança inimaginável: Deus veio à família humana.
Fez-se um de nós. Face ao absurdo da solidão, do mal e da morte, manifestou-se a vida de Deus. “Deus visitou o seu povo”, diz o Evangelho.
Se nós lhe dermos glória, a paz virá – é a mensagem dos anjos aos pastores de Belém. Mas se procurarmos a glória fora de Deus, então será a guerra.

Aos crentes e não crentes devem se tornar artesões da paz. É o bem mais preciso,que nos foi confiado por Deus e de que somos responsáveis. Jesus é o “Príncipe da Paz” anunciado pela Escritura. Os anjos não cessam de cantar durante a noite de Natal: “Paz aos homens!”.
O Natal não é uma festa individual; é toda a Igreja que através do mundo acolhe Cristo com a mesma fé. Não há fronteiras: a liturgia convida-nos a entrar neste grande mistério de Deus feito homem, salvador de todo o ser humano, convida-nos a estarmos presentes neste acontecimento único. Não podemos acolher Cristo sem trazer em nós os outros seres humanos.