• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
É verdade que há Espíritos que assistem ao próprio velório. Em caso afirmativo, podem também assistir ao próprio nascimento?
No tocante ao velório, sim, é possível aos Espíritos assistir à cerimônia que precede o sepultamento de seu próprio corpo. A literatura espírita relata vários casos que comprovam essa possibilidade.
Quanto ao nascimento, não. Não é possível ao Espírito presenciar tal fato porque, a partir do momento em que é colhido no laço fluídico que o prende ao gérmen, ele entra em estado de perturbação que aumenta à medida que o laço se aperta, perdendo, nos últimos momentos, toda a consciência de si próprio, de modo que jamais assistirá ao seu nascimento.
O processo reencarnatório é tratado em todas as suas minúcias por André Luiz em duas de suas obras. No livro Entre a Terra e o Céu, é focalizado o processo do retorno à carne de Júlio. Em Missionários da Luz, é relatado o Segismundo pelo qual é possível compreender quão complexo é o trabalho realizado pelo Plano Espiritual sempre que retorna ao mundo corporal um Espírito em resgate ou reajuste.
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É normal a perturbação dos Espíritos nos instantes que se seguem à morte do corpo físico?
Ensina o Espiritismo que por ocasião da morte tudo, a princípio, é confuso. O Espírito desencarnante precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que aturdido, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ele acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as aquisições espirituais de cada ser. Não existem duas desencarnações iguais. Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade.
A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos, de conformidade com o estado evolutivo do Espírito.
Breve no caso das almas elevadas, pode ser longa e penosa no caso das almas culpadas. Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
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Por que há pessoas que falecem tão cedo?
Esta pergunta é mais comum do que se pensa e vem de todos os lados, de espíritas e de não-espíritas.
Conforme o que ensina o Espiritismo, excetuados os casos de suicídio direto ou indireto, a duração de uma existência corpórea está diretamente ligada à programação reencarnatória da pessoa e às provas por que ela deva passar. Quanto à forma como se processa a morte corpórea, isso tem tudo a ver com a natureza das provas e das expiações constantes da mencionada programação.
É preciso que entendamos que as inumeráveis existências por que passamos na Terra se encadeiam, de tal modo que uma acaba influenciando a seguinte ou as seguintes. Se não existisse um programa a executar, seria realmente difícil entender por que alguns desencarnam crianças, outros ao se formarem na faculdade e diversos numa idade em que muito poderiam ainda oferecer à sociedade e, todavia, são retirados do nosso convívio de repente, aparentemente sem motivo algum.
É bom, no entanto, que nós espíritas entendamos e divulguemos sempre que não existe morte e que a vida prossegue além-túmulo. O que perece é a forma física, o envoltório corpóreo, que utilizamos enquanto necessário ao cumprimento das tarefas assumidas.
Nascimento e Morte
ago 27, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Nascimento e MorteLike
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