• Waldenir Cuin – Votuporanga/SP
“Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranquila e de que não existe noite sem alvorecer.” (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, item 41.)
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As lutas na vida quotidiana são intensas.
Nos tempos atuais, diante dos imensos desafios de cada dia, uma criatura, para o desenvolvimento de suas atividades, exercita a mente muito mais que em outros tempos.
Se de um lado a tecnologia facilitou a nossa vida material, por outro criou novas necessidades, obrigando o ser humano a viver no limite de suas funções mentais e psicológicas, que, quando em desequilíbrio, tem conduzido a população a grandes desgastes emocionais que, somatizados no corpo físico, têm proporcionado todo tipo de doenças e descontroles físicos.
Geralmente nesses quadros de desconforto íntimo, além dos sintomas orgânicos, com grande incidência, ocorrem as manifestações do desânimo, apatia, inércia e uma enorme tendência ao abandono dos ideais, raiando para estados depressivos, perigosos e preocupantes.
A medicina do momento, atenta aos perigos da era moderna, apresenta uma visão holística do homem, ou seja, observa o homem total, corpo e mente, físico e psicológico. Os sintomas que atormentam os órgãos físicos podem ter origem muito distante deles. Tratar somente do órgão doente seria cuidar do efeito, cuja causa permanece desconhecida. Certamente o sucesso da empreitada estará comprometido.
É comum, portanto, no meio social em que vivemos, encontrarmos quem afirma estar muito cansado, mesmo desanimado, levando a vida com extrema dificuldade, como se um peso enorme tolhesse seus movimentos. Às vezes nós mesmos nos sentimos assim.
No entanto, parar, permitindo a proliferação da apatia, será um grande engano, pois que o antídoto está exatamente em fazer o inverso; encontrar novas razões de vida, novos caminhos, outras estradas, mas nunca cruzar os braços ou acreditar que um punhado de comprimidos possa resolver a questão. O remédio é muito importante, mas a mudança mental é imprescindível.
Livros de autoajuda, de motivação, são valiosos e, nesse particular, nada mais abrangente e profundo para se meditar e refletir do que o Evangelho de Jesus Cristo. Sem dúvida, as lições de Jesus são as páginas mais completas para elevar a nossa estima. “Ama teu próximo como a ti mesmo”, “Faze aos outros o que queres que te façam”, “Amai-vos uns aos outros”, “Perdoe setenta vezes sete vezes”, “Quando alguém te pedir que caminhe com ele mil passos, siga outros mil”, “Se te pedirem a capa dá também a túnica”, e assim por diante.
Em resumo, o Divino Amigo não nos pede espetáculos de grandeza, nem demonstrações de santidade, apenas que amemos uns aos outros. Que usemos o amor como base para as nossas ações diárias.
Crianças choram de fome, ao abandono. Jovens imploram oportunidades sadias de vida. Famílias inteiras lamentam o descaso em que vivem. Filhos gritam por exemplos dignos dos pais. Desempregados imploram por uma ocupação. Mulheres pedem a compreensão masculina. Idosos choram a solidão em que vivem. Comunidades carecem de líderes honestos, justos e fraternos. E Jesus apenas pede que nos amemos uns aos outros.
Estamos cansados, desiludidos, fraquejados, depressivos, experimentemos viver de conformidade com os ensinamentos cristãos. Façamos uso frequente do amor, aquele amor que nos ensina a tolerância, a compreensão, o companheirismo, o perdão e a vontade férrea de fazer o bem, pois toda vez que criamos condições para a felicidade alheia, Deus, pela lei de ação e reação, improvisa a nossa ventura.
Não existe nenhum recurso mais eficaz no combate ao desânimo que o desejo firme de ajudar o próximo. Tomemos o nosso remédio, cuidemos do corpo, mas nunca descuidemos do equilíbrio emocional, através de ações benéficas em favor dos que sofrem.
Quem cuida do irmão do caminho tem a mão de Deus que o ampara em todas as circunstâncias da vida.
Contra o desânimo e a depressão, experimentemos o amor.
Nada de desânimo
jan 30, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Nada de desânimoLike