No ano passado, a empresa registrou 99 acidentes desse tipo ao longo dos 105 municípios onde atua
A MRS Logística fechou o ano de 2019 com um balanço total de 99 acidentes nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, isto é, atropelamentos ou abalroamentos ocorridos em trechos corridos ou passagens em nível ao longo da linha férrea sob concessão da empresa. Os números de 2019 representam uma queda em relação a 2018, quando foram registrados 101 casos. Na análise por estado, Minas Gerais teve o maior número, 38 acidentes, seguido pelo Rio de Janeiro, 34, e São Paulo, com 27 acidentes. A redução observada é positiva, mas os números indicam que há espaço para mais envolvimento de toda comunidade na adoção de práticas de segurança no acesso à linha férrea.
“Em 2019, atingimos um número total de acidentes inferior a 100, seguiremos trabalhando para reduzir ainda mais esse número. Vamos manter ações de sensibilização e de disseminação de práticas de segurança junto às comunidades, escolas e cidades. A análise dos acidentes indica que ainda há práticas inadequadas como o acesso indevido à linha férrea em trechos corridos, lembrando que o acesso a esses locais é proibido, casos de desatenção e mesmo casos de imprudência conscientes, digamos, quando a pessoa opta por não respeitar a sinalização”, afirma o Gerente de Segurança Operacional da MRS, Filipe Berzoini.
MAPA DOS MUNICÍPIOS
Dos 99 acidentes registrados, 76 foram atropelamentos e 23 abalroamentos. Os municípios de Juiz de Fora (MG) e Suzano (SP) foram aqueles com maior número acidentes: 14 e 7, respectivamente. Belo Horizonte e Sarzedo, ambos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Barra Mansa e Paraíba do Sul, no estado do Rio, tiveram quatro acidentes cada. Os acidentes foram distribuídos por 40 municípios, o que nos mostra que não há uma concentração geográfica específica para os casos.
Os abalroamentos foram causados, na maior parte dos casos, por desatenção (48%) e impaciência (35%). O horário mais frequente para registros de abalroamentos foi o período da manhã (35%), entre 6h e 11h59, e madrugada (30%), entre 00h e 05h59. Dos casos de atropelamento em 2019, 86% ocorreram em trecho corrido, isto é, em áreas onde é proibida a circulação de pessoas. Os atropelamentos têm como causa principal o consumo de bebida alcoólica ou entorpecentes (38%), substâncias que limitam a atenção das pessoas, o que reforça a importância de estimular o comportamento prudente no acesso à via férrea.
“A familiaridade com a ferrovia faz com que algumas pessoas não observem atentamente as regras de segurança. Atos como Parar, Escutar e Ver são essenciais, seja você uma pessoa habituada a viver numa região próxima à linha férrea ou não. A passagem de um trem leva cerca de três minutos apenas. É muito pouco tempo de espera para se expor a um risco de acidente”, explica Berzoini.