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domingo 17 novembro 2024
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Morre um jornalista. Morre?

Morreu ontem, aos 86 anos, Alberto Dines, um grande jornalista que começou na profissão nos anos 50.
E como todo jornalista que viveu os anos de ouro da história do Brasil contemporâneo, época de grande reportagens, grandes acontecimentos, grandes vultos políticos, deixa uma grande herança em livros escritos, artigos, histórias
Epoca também que o país tinha inúmeros jornais impressos de boa circulação, grandes revistas, emissoras de tevê surgindo e querendo crescer.
Hoje, a imprensa no Brasil vive um caos. A imprensa já não é respeitada. Chamam-na de PGI – Partido da Grande Imprensa- que significa parcialidade, significa imposição de ideologias, significa plantar notícias, significa mentir. As redes sociais, que vieram se somar cumprem o papel do “quanto pior, melhor”. É tudo tão absurdo que já existe até ensinamento para saber como é que se descobre que uma notícia é falsa.
No tempo em que Alberto Dines militou, ele viu muita coisa. Mas trabalhou incansavelmente para só engrandecer a imprensa. Bons tempos aqueles. E pior pra nós, jornais do interior, que temos que fazer das tripas coração para assegurar a prática do jornalismo em tempos bicudos, como os de hoje, mantendo a ética e a seriedade.