Morreu no último sábado, dia 19, o ex-vereador Humberto Puccinelli Filho, aos 94 anos, em consequência das sequelas da covid. Ele deixa a viúva Odete Laura, com quem estava casado havia 62 anos, e os filhos Laura Esmeralda, Humberto Djalma, Regina Célia, Ana Sílvia e Antônio Galvão.
Nascido em 8 de novembro de 1927 na cidade de Campinas (SP), era filho de Humberto Puccinelli e de Esmeralda Moura Puccinelli. Estudou o primário no Grupo Escolar Eliazar Braga, o ginasial no Ginásio Dom Luiz, ambos em Pederneiras (SP), e o curso profissionalizante na Escola Técnica de Comércio Santos Dumont, de São Paulo.
Em Taubaté, formou-se professor no Colégio Estadual e Escola Normal Monteiro Lobato, obteve licenciatura pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, cursou Administração Escolar de 1º e 2º graus na Universidade de Taubaté, onde também se formou em Ciências Jurídicas e Letras.
Foi professor e diretor da Escola Professor José Ezequiel de Souza, que lhe garantiu o título de melhor diretor do ano de 1978. Escrivão de polícia na Secretaria da Segurança Pública, inspetor chefe de policiamento na Prefeitura de Taubaté, diretor e professor do Ginásio Monsenhor Gioia, de São Luiz do Paraitinga, professor da Escola Normal Dolores Barreto Coelho, do Ginásio Olegário de Barros, da Escola Normal João Ebram, de São Luiz do Paraitinga, foi presidente da Associação dos Funcionários Municipais de Taubaté, membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Previdência do Município de Taubaté e diretor de Educação e Cultura de Taubaté.
Na Câmara, foi vereador durante a 5ª Legislatura (1964 a 1968), mas renunciou ao mandato antes do término, em 14 de julho de 1967. Havia sido suplente durante a 4ª Legislatura (1960 a 1963), retornou na 10ª Legislatura (1989 a 1992), eleito com 919 votos, e foi reeleito para a 11ª Legislatura (1993 a 1996) com 581 votos. Disputou as eleições de 1996 e 2000, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.
Exerceu o cargo de vice-presidente da Mesa em 1964 e presidente nos anos de 1991 e 1994. Foi constituinte na Lei Orgânica Municipal, de 3 de abril de 1990.
Recebeu cidadania taubateana em 1979, por iniciativa do vereador Luiz Winther de Araújo.
É dele a autoria da lei que concedeu uso de terreno público à Associação dos Funcionários Municipais (AFMT), além de uma lei de 1996 que obrigava o município a devolver, com juros e correção monetária, o recolhimento feito de forma incorretamente aos cofres públicos.
As últimas homenagens ao professor ocorreram no Velório São Benedito, e o corpo foi sepultado no Cemitério da Venerável Ordem Terceira.