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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Moção de repúdio: previsão de diminuição do salário mínimo em 2018 é discutida na Câmara

A Sessão Ordinária da última segunda-feira, dia 22, foi marcada pela indignação quanto à previsão de diminuição de 10 reais no salário mínimo de todos os brasileiros em 2018, seja aposentado ou em atividade. A moção de repúdio foi de autoria do parlamentar municipal Guará Filho (PR) e teve a aprovação unanime, em plenário, da Casa de Leis taubateana. Segundo o próprio vereador o que estimulou a realização da moção foi o Presidente Michel Temer (PMDM) sancionar a previsão orçamentária com a diminuição do salário mínimo.
“Há muito tempo a classe trabalhadora brasileira é penalizada com os custos dos rombos das contas públicas. O governo perdoa divida de latifundiários, por exemplo, e, agora, anuncia o corte de R$ 10,00 (dez reais) do salário mínimo da população para 2018, com o argumento de que a medida é necessária. Trata-se de um verdadeiro “tapa na cara do povo”, uma afronta com o trabalhador assalariado.” (Ver. Guará Filho – PR)
Segundo dados do Ministério da Fazenda, os setores que mais devem à União são bancos, mineradoras e empresas de energia elétrica. Os maiores devedores são a indústria (R$ 236,5 bilhões), o comércio (163,5 bilhões) e o sistema financeiro (R$ 89,3 bilhões). Ainda segundo o próprio Ministério da Fazenda, devem uma grande quantia para a União empresas de mídia (R$ 10,8 bilhões), educação (R$ 10,5 bilhões) e extrativismo (R$ 44,1 bilhões).
“É um absurdo! Tenho a consciência sim de que o Brasil está passando por um momento de crise financeira e política, porém existe outras formas de tampar o rombo da divida brasileira, sem ser tirando de quem mais precisa, que é o trabalhador e o aposentado do Brasil. Já que precisa de renda, vamos cobrar as grandes empresas que devem bilhões para a União, com isso estaríamos fazendo o correto”. (Ver. Guará Filho – PR).
Atualmente, cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo, entre elas aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo Governo Federal. Estes sim serão realmente prejudicados com a aprovação da medida. Para finalizar, Guará Filho (PR) pondera que há uma necessidade de mudança de pensamentos dos governantes brasileiros.