Decisão sobre os rumos da Campanha Salarial deste ano será tomada nesta sexta-feira, 6, em assembleia na sede do Sindmetau
A luta pelo aumento real na Campanha Salarial deste ano será intensificada. Durante reunião na última terça-feira, 3, os representantes dos 13 sindicatos autorizaram a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de São Paulo, a FEM/CUT-SP, a protocolar um aviso de greve caso as bancadas patronais insistam em repor somente a inflação do período que ficou em 4,06%.
Essa decisão deverá ser referendada pelos metalúrgicos e metalúrgicas da base do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) em assembleia geral nesta sexta-feira, 6, às 18h, na sede do Sindicato.
Para o secretário-geral do Sindmetau, Aldrey Allan Candido (Piu), esse é a hora dos trabalhadores e trabalhadoras mostrarem a mobilização. “A participação de todos na assembleia é fundamental e decisiva. Precisamos fortalecer a Federação e os sindicatos, além de definir os encaminhamentos para as propostas dos grupos patronais, apresentadas até o momento.”
Na reunião, o presidente da Federação, Erick Silva, afirmou que chegou o momento de os trabalhadores mostrarem a força e a unidade da categoria, ampliando ainda mais a luta pela valorização salarial.
“A proposta do patronal de somente repor a inflação foi rejeitada e estamos agora na expectativa deles reformularem essas propostas, estabelecendo outro patamar que atenda à reivindicação da categoria. Se isso não acontecer, na próxima semana, entregaremos o aviso de greve e ampliaremos a mobilização em toda a base”, disse.
Pressão por aumento real
Nas três últimas semanas, o Sindmetau realizou assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras das empresas que têm representantes sindicais. Em todas elas, a categoria declarou apoio aos dirigentes da FEM/CUT-SP nas negociações com a bancada patronal. Além disso, a mobilização, incluindo uma paralisação, foi aprovada.
Campanha Salarial 2023
O tema das negociações deste ano é “A Luta Continua Pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia” e os eixos aprovados são: reposição da inflação; aumento real; valorização dos pisos salariais; valorização das Convenções Coletivas de Trabalho; redução de jornada sem redução de salário e redução dos juros.
Em julho, a pauta de reivindicações foi entregue para as bancadas patronais. Nos grupos Sicetel, Siescomet, Siniem, Sindratar, Sifesp, Sindifupi, Grupo 10 (Fiesp e Aeroespacial), Grupo 8.3 (Simefre, Sinafer
e Siamfesp) e G2 (Sindimaq E Sinaees), a pauta é cheia. Isso signifi ca que serão discutidas as questões econômicas e sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Nos demais grupos – Sindicel e Grupo 3 (Sindipeças, Sinpa e Sindiforja) – a pauta é parcial, pois as CCTs possuem vigência até agosto de 2024. Por isso, em 2023, estão sendo negociadas somente as cláusulas econômicas, como reajuste no piso, no teto e nos salários.
A FEM-CUT/SP negocia a Campanha Salarial para cerca de 190 mil trabalhadores no Estado de São Paulo. Ao todo, a categoria tem cerca de 211 mil metalúrgicos, contando os trabalhadores das montadoras.