Os trabalhadores e trabalhadoras, representados pelo Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região), injetaram neste ano R$ 932,6 milhões na economia do município e região. O cálculo leva em conta salários (incluindo 13º e adicional de férias), abono salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e processos judiciais.
Os resultados foram obtidos por meio de negociações coletivas conduzidas pelo Sindmetau e pela FEM/CUT-SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos de São Paulo da CUT), além de processos trabalhistas ajuizados pelo Departamento Jurídico do Sindicato.
A maior parte do total dos recursos (85,13%) tem origem na remuneração fixa da massa salarial (salários, adicional de férias, 13º). Em seguida vem a PLR, que é uma remuneração variável, com 11,06% de participação.
A remuneração variável é aquela que depende do resultado financeiro das empresas, sofrendo influência dos cenários nacional e internacional.
Logo, a parcela que mais garante a condição de vida das metalúrgicas e metalúrgicos é a remuneração fixa, onde as flutuações têm menor impacto.
Na análise dos valores por segmento, 44% do total é relativo aos trabalhadores e trabalhadoras das montadoras, 26% das autopeças e 24,49% do eletroeletrônico.
O presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, destacou a importância dos postos de trabalho do setor industrial na economia de Taubaté. “Mesmo com a falta de uma política de desenvolvimento, a indústria continua oferecendo salários melhores, contribuindo muito para a economia da cidade, além de ajudar na manutenção dos empregos de diversas categorias.”
De acordo com Renata Belzunces, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o resultado financeiro das negociações coletivas está diretamente ligado ao nível de organização dos sindicatos.
“Sem sindicatos fortes, a negociação coletiva que originou esses resultados fica fragilizada”, explica a economista, que foi responsável pelo cálculo dos recursos injetados na economia de Taubaté.