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sexta-feira 27 dezembro 2024
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Metalúrgicos de Taubaté vão aderir à greve geral

A greve geral de hoje, sexta-feira, dia 14, terá a adesão dos metalúrgicos de Taubaté. Os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) realizaram assembleias nas fábricas e contaram com a aprovação dos trabalhadores para a paralisação.

Estão previstos dois atos hoje, um no centro da cidade pela manhã e uma assembleia, às 17h, no Sindmetau (Rua Urupês, 98 – Chácara do Visconde), ao lado do Sítio do Pica-pau Amarelo.

O presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, fez questão de lembrar que a greve geral é o momento de protestar contra todas as injustiças, mas, principalmente, contra a reforma da Previdência, que é a grande maldade do atual governo contra a classe trabalhadora e a população brasileira.

Durante uma entrevista coletiva, no Sindicato dos Condutores, em São José dos Campos, na quarta-feira, Claudião disse que alguns pontos estão mudando diante da pressão da sociedade civil organizada, sindicatos e movimentos sociais.

“Porém, muitos fatos continuam sem explicação, como pagar R$ 40 milhões para cada deputado votar a favor da reforma da Previdência; toda a mídia ser a favor e não apresentar motivos contra; a Previdência em 2018 tinha 24% do PIB, este ano o percentual foi reduzido para 18%.”

Além disso, o presidente do Sindmetau questionou a dívida de empresas como o Bradesco, Vale do Rio Doce e Gerdau que, juntas, somam R$ 1 trilhão, quantia que o governo diz estar precisando, mas alegando que será em dez anos. “É só cobrar essas três empresas que em um ano o governo terá o valor que precisa.”
Outro ponto questionado pelo presidente do Sindmetau foi a reforma trabalhista. “Segundo o governo, a medida ia gerar empregos, mas gerou desemprego e agora a reforma da Previdência também vai gerar emprego. Mentira novamente. E as próximas reformas (da carteira verde e amarela, a tributária e a das privatizações) terão o mesmo mote: gerar emprego”, declarou Claudião.

Na opinião do sindicalista, o governo está criando uma nova reforma da Previdência ao alterar também as regras para efetuar qualquer mudança na lei, caso a proposta seja aprovada.

“Isso é muito pior, já que hoje seriam necessários cinco terços do Congresso Nacional para mudar uma regra, mas com essa reforma será necessária apenas a maioria simples, ou seja se tiver 258 parlamentares eu preciso apenas de 130 votos favoráveis para alterar qualquer ponto da reforma. Por isso, os sindicatos estão todos unificados na luta contra essa reforma.”