Decisão ocorre após mais de 60 dias de negociações sem avanços na Campanha Salarial 2023
Os trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos de Taubaté aprovaram o estado de greve pelo aumento real na Campanha Salarial 2023. A decisão, tomada em assembleia na última sexta-feira, 6, na sede do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região), ocorre diante do impasse nas negociações com a bancada patronal, que oferece apenas o índice da inflação do período: 4,06%.
De acordo com o presidente do Sindicato, Claudio Batista, o Claudião, o estado de greve é o único caminho para pressionar os patrões. “Infelizmente, a intransigência dos empresários nos obrigou a chegar a essa decisão. Eles insistem em conceder apenas o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).”
Claudião, que também é vice-presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de São Paulo, a FEM/CUT-SP, afirmou que as negociações ocorrem há mais de 60 dias sem avanços. “Não existe possibilidade de sairmos dessa Campanha Salarial sem um aumento real para a categoria.”
Segundo Claudião, o aviso do estado de greve será protocolado junto às bancadas patronais nesta segunda-feira (9). “A partir daí, vamos aguardar 48 horas, sem um avanço nas negociações vamos decidir nossos encaminhamentos de como será o processo de luta pelos nossos direitos. Queremos que os patrões entendam e atendam a reivindicação dos metalúrgicos e metalúrgicas do Estado de São Paulo.”
Presente na assembleia, a auxiliar de produção na Gestamp, Francine da Silva Ribeiro Couto, disse que a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras é indispensável para a conquista do aumento real.
“Precisamos nos unir até o fim. Os empresários precisam reconhecer nosso valor. Se pararmos eles deixam de ganhar.”
Para o operador de retífica na Daido, André Luiz Borges, o estado de greve é muito importante neste momento. “Se estivermos unidos, chegaremos ao resultado positivo para toda a categoria. A união faz a força.”