A planta industrial integra cadeia de suprimentos, engenharia, manufatura e logística para atender a atividade petrolífera nacional e internacional
A OneSubsea, empresa do grupo Schlumberger, que fabrica em Taubaté equipamentos para a indústria do petróleo, ampliou em 2017 o número de funcionários na unidade paulista em virtude da planta passar a ser um dos hubs de produção mundial, estendendo sua cadeia de produção para os clientes internacionais e voltando a movimentar toda a cadeia de fornecedores.
Atento à nova fase do petróleo e do gás natural no Estado de São Paulo com a reativação de projetos da Petrobras e a entrada de novas empresas no setor de exploração e produção na Bacia de Santos, o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, visitou no último dia 12 de abril, a sede da OneSubsea para conhecer a unidade industrial e as demandas da empresa visando a ampliação das atividades no Brasil.
“São Paulo está se tornando cada vez mais um Estado produtor de petróleo e gás e é fundamental que a cadeia de suprimentos do pré-sal esteja preparada para esse momento. O Governo do Estado tem dado todo o apoio às empresas e está aberto para discutir melhorias, inclusive junto ao governo federal”, afirmou Meirelles.
A OneSubsea desenvolve tecnologia local para implantação de árvores de natal molhadas em lâminas d’água de até 3.000 metros de profundidade. Nos últimos anos entregou cerca de 120 árvores de natal molhadas e 50 equipamentos de linha.
“Temos uma engenharia de ponta, uma área de manufatura de excelência e queremos tornar a nossa planta a mais competitiva do mercado. Além de atender o mercado nacional estamos trabalhando para exportar equipamentos e ferramentas atendendo nossos clientes internacionais”, disse o diretor da OneSubsea, Carlos Tadeu Cunha Jr.
A planta localizada no Vale do Paraíba é uma das unidades mais produtivas da empresa, que conta com fábricas instaladas na Europa, Ásia, África e Estados Unidos. Em uma área de 95 mil metros quadrados, a unidade visitada conta com mais de 350 funcionários e capacidade produtiva de 80 árvores por ano.
“Taubaté está inserido no cluster automotivo e estamos estimulando empresas de outros setores, inclusive as que usam novas tecnologias. A OneSubsea produz tecnologia de ponta e pode ser uma das âncoras de um novo momento da cidade com o desenvolvimento do Parque Tecnológico e a chegada de novas empresas”, disse o prefeito de Taubaté, Ortiz Júnior, que também participou do encontro.
São Paulo possui atualmente mais de 40% da indústria nacional de fabricantes de equipamentos e prestadores de serviços para o setor. A OneSubsea escolheu se instalar no Estado em 1997 justamente por essa presença da cadeia de suprimentos. A empresa conta hoje com cerca de 80% dos fornecedores instalados no estado de São Paulo.
Depois da descoberta do pré-sal, São Paulo passou de nono para segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. A estimativa é que o estado paulista amplie ainda mais sua produção. O campo de Carcará, operado pela norueguesa Statoil, uma das maiores descobertas do pré-sal da Bacia de Santos com volume estimado de 2 bilhões de barris de óleo recuperáveis, está em fase de prospecção e avaliação e terá sua produção iniciada entre 2023 e 2024.
Em junho deste ano a ANP – Agência Nacional do Petróleo, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, realizará a 4ª rodada de partilha de produção de petróleo e gás natural no pré-sal, quando será ofertado o bloco Uirapuru, que está na área de influência de São Paulo, além de blocos no Rio de Janeiro.
“Esse novo momento que o setor do petróleo e gás vive em São Paulo está sendo acompanhado de perto pelo Governo do Estado para não perdermos as oportunidades que virão com a geração de novos empregos, aumento de renda e de arrecadação e a utilização do gás natural como insumo de transição para as energias renováveis”, destaca Meirelles.
A produção de petróleo e gás do Estado é realizada em seis campos, sendo Sapinhoá o maior campo paulista localizado no pré-sal e outros cinco localizados na plataforma continental da Bacia de Santos no litoral de São Paulo.
A arrecadação de royalties também apresentou elevação nos últimos anos. As cidades paulistas que mais receberam recursos no ano passado foram Ilhabela com R$ 440 milhões, São Sebastião com R$ 87,3 milhões e Caraguatatuba com R$ 82,3 milhões. Os três municípios respondem por 60% da arrecadação das cidades paulistas.
São Paulo registrou em 2017 a arrecadação recorde de R$ 2,5 bilhões em royalties e participações especiais. A remuneração pela exploração de petróleo e gás no litoral paulista ficou em R$ 1,4 bilhão para o Governo do Estado e R$ 1,1 bilhão para os municípios paulistas como mostra o Informe das Participações Governamentais de Petróleo e Gás disponível no site da Secretaria de Energia e Mineração.