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quarta-feira 27 novembro 2024
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Médicos alertam sobre grupo de pessoas que não deve ser vacinado

Em resposta aos primeiros casos de febre amarela no ano em algumas regiões do Brasil, as campanhas de vacinação já ganham relevância com a finalidade de ampliar a cobertura vacinal contra a doença. Em São Paulo, até setembro de 2018, já era contabilizado mais de 500 casos da doença, um aumento de 400% em relação ao ano anterior, com 185 mortes até então segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Foram mais de 23,5 milhões de pessoas vacinadas em 2017 e quase 10 milhões de pessoas imunizadas em 2018, desconsiderando dezembro, ainda não contabilizado, segundo o Programa Nacional de Imunizações via DataSUS.
Há, no entanto, um grupo que deve se atentar aos riscos desse movimento. “As crianças que passam por algum tipo de tratamento contra o câncer e pacientes que já passaram por um transplante de medula óssea, por exemplo, não podem ser vacinadas. Isso porque esse grupo de pacientes se torna imunodeprimido durante esse processo”, explica o Dr. Cláudio Galvão, médico oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). Esse grupo de risco ainda inclui os recém-nascidos até 6 meses.
As vacinas (17DD) em geral são derivadas dos vírus que elas combatem, e não é diferente com essa medicação. O composto que imuniza a população, no entanto, pode ser um tiro pela culatra quando aplicada em pessoas cujo sistema imunológico está em plena modificação, caso das crianças que passam por quimioterapia, por exemplo. O Dr. Galvão explica que “a concentração produzida para ‘ensinar’ o corpo como se defender da doença pode justamente enfraquecer o sistema ou até mesmo infectar o paciente”.
Ainda assim, é importante ressaltar que esse risco diz respeito apenas aos pacientes imunodeprimidos, sendo a eficácia e segurança das vacinas largamente comprovadas pela literatura médica e científica.
O que os médicos recomendam?
Longe do cenário ideal e da possibilidade vacinar seus filhos contra a febre amarela, outros cuidados devem ser tomados. Como alternativa a prevenção pode ser feita com o uso de repelentes, o especialista recomenda que seja com composto químico IR3535 para as crianças a partir dos 6 meses de idade e os repelentes com DEET (dietiloamida) e Icaridina para quem tem mais de 2 anos. Em todos os casos é importante ter atenção quanto à concentração desses produtos e a frequência que se pode repetir a aplicação.

Para evitar reações alérgicas dos produtos industrializados, o presidente da SOBOPE indica que os repelentes naturais podem ser mais seguros desde que a atenção seja redobrada. “Usar repelente natural como óleo de citronela, andiroba e capim limão traz a segurança de que a criança não será picada e tampouco terá alguma reação na pele, mas a alta volatilidade desses produtos exige que a aplicação precisa ser repetida em curtos intervalos de tempo”, finaliza.