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quinta-feira 28 novembro 2024
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Mais de 5.000 mil piscinas olímpicas de esgoto são despejadas sem tratamento no meio ambiente

Empresa de saneamento destaca como a população pode contribuir para melhorar o tratamento do esgoto

O esgotômetro é um medidor da quantidade de esgoto que é despejado na natureza sem o devido tratamento e seus registros podem ser acessados a qualquer momento no site do Instituto Trata Brasil (www.tratabrasil.org.br/). De acordo com suas medições, lamentavelmente, por dia são despejadas 5.639 piscinas olímpicas de excremento não tratado na natureza, comprometendo a saúde humana e do meio ambiente.
Embora a promoção dos serviços de saneamento básico seja reponsabilidade do poder público, mais especificamente dos municípios, a população também pode contribuir de diferentes formas para que os dados acima deixem de ser uma realidade em nosso país. A rede de esgoto é um sistema de canalização que recebe e transporta os resíduos líquidos de residências, comércio, indústrias ou qualquer outro estabelecimento até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Qualquer material sólido descartado nessa rede irá comprometer a eficiência do seu funcionamento e o entupimento da tubulação é o transtorno mais comum. Mudanças de hábitos e alguns cuidados simples são indicados para evitar esse problema como colocar ralos em pias, tanques e demais saídas de água do estabelecimento, recolher os cabelos que se acumulam no ralo do banheiro, separar o óleo de cozinha e colocá-lo junto à coleta seletiva ou levar em postos de reciclagem. Outra medida fundamental é nunca jogar nenhum objeto sólido nos vasos sanitários ou outras saídas de esgoto.
Outro ponto também importante é a necessidade de separar destinação de água pluvial e esgoto sanitário nas residências e comércios, a água da chuva deve ser escoada por ralos e calhas seguindo até às galerias pluviais, onde terão como destino córregos, rios e demais cursos d’água, quando redes pluviais são ligadas a rede de esgoto pode haver o entupimento das tubulações, devido ao acúmulo de lixo que a chuva pode carrear. De acordo como o Decreto Estadual nº 5916\75, todas as residências devem ter ligações separadas, ou seja, uma para esgoto e outra para águas pluviais.
O engajamento efetivo da população em ações que contribuam para os interesses da sua comunidade é conhecido como Participação Social e, considerando a relevância dos serviços de saneamento básico para a saúde e bem-estar da população e do meio ambiente, quanto mais os cidadãos participarem das decisões referentes a este setor, mais ganhos todos receberão. Colaborar com os Conselhos Municipais, audiências públicas ou privadas e utilizar os canais de ouvidorias das empresas ou setor públicos são alguns exemplos de Participação Social.

Diante do quadro do saneamento básico no país, Indiara Guasti, gerente operacional da Guaratinguetá Saneamento, destaca que menos de 50% do esgoto é tratado no Brasil e que isso reflete diretamente nos dados alarmantes apresentados pelo esgotômetro. “É uma situação realmente lamentável e um caso de saúde pública já que esgoto não tratado implica em proliferação de muitas doenças como leptospirose, disenteria bacteriana, esquistossomose, parasitoides entre outras” comenta. “É por isso que Parcerias Público-Privadas (PPPs) de saneamento, como a firmada entre a Guaratinguetá Saneamento e a SAEG, no munícipio de Guaratinguetá, representam uma alternativa eficaz para que existam avanços nos investimentos em esgotamento sanitário no país, e assim seja possível atingir uma redução nos índices do esgotômetro”, conclui a gerente.