• Rogério Miguez
Um dos maiores e desejados bens, inquestionavelmente, é a saúde do corpo. Ferramenta do Espírito, o corpo físico, em boas condições, proporciona ao seu detentor possibilidades múltiplas de evolução.
De modo a manter este instrumento de trabalho “operacional”, viabilizando o progresso, é preciso bem cuidar do corpo humano através das ciências médicas com suas múltiplas terapias. Entretanto, em nosso país, poucos podem bem utilizar o sistema vigente de apoio à saúde, pois, além de se apresentar geralmente muito oneroso aos usuários, apresenta muitas falhas e só o tempo poderá saná-las.
Contudo, a bondade e misericórdia divinas sempre ofereceram indiscriminadamente através do Magnetismo Animal, um possível caminho de, senão de cura das mazelas orgânicas, pelo menos de alívio das mesmas.
Desde priscas eras, esta caridosa lei divina se fez presente, sem que ao menos soubéssemos, e mesmo nos dias atuais, nem todos a utilizam, descrentes ou desinformados, não buscam a saúde, somatória do equilíbrio físico e psíquico, por meio dos fluidos movimentados segundo os princípios da ciência do magnetismo.
Recurso gratuito, embora alguns poucos cobrem para transmitir os salutares fluidos magnéticos, o que não deveriam fazer, é de fácil ação e realização, não exigindo no momento nenhum complexo aparato para sua realização, muito menos cursos baseados em rotinas antigas propostas por Mesmer.
Nestes tempos, quando as grandes corporações impõem suas caríssimas drogas, e, sabemos que em muitos casos sequer foram exaustivamente testadas de modo a determinar efeitos colaterais e mesmo se são plenamente eficazes em suas propostas terapêuticas, o magnetismo se apresenta como providencial mecanismo colaborando no combate às doenças de toda ordem.
No passado, notadamente nos séculos XVIII e XIX, o magnetismo foi extensamente utilizado, não só entre os mais necessitados, bem como nos salões da nobreza das maiores cortes europeias, estas muito se utilizaram dos fluidos curadores.
Foi Mesmer, certamente um Espírito missionário, quem iniciou esta verdadeira avalanche de curas se realizando nas barbas do pensamento científico, sem que este se curvasse às evidências, apoiando e incentivando o possível saneamento das doenças pelos populares passes magnéticos.
Allan Kardec, outro missionário divino, também magnetizador, soube bem aproveitar a sua particular experiência neste campo, metodicamente registrando e consolidando informes sobre esta verdadeira dádiva de Deus, não só na teoria como na prática, trazendo de novo à tona as imensas possibilidades do magnetismo, lei divina ao alcance de nossas mãos e, em princípio, todos podem praticar.
Atualmente, inspiradas pelos escritos de Kardec, as agremiações espíritas mantém serviços de passes magnéticos sem distinção a qualquer um procurando pelos efeitos salutares desta prática. Os cursos se multiplicam, as reuniões com aplicação de passes prosperam, pois a demanda é imensa.
Aos passistas, a lembrança da importância em se apresentarem aptos moral e fisicamente ao trabalho, pois a responsabilidade é grande ao lidar com os doentes e suas variadas doenças, aos assistidos, igualmente a lembrança de que muito mais importante do que receber passes, é a compreensão e prática dos ensinos espíritas, pois apenas estes detém o poder de realizar a verdadeira cura, ou seja, do Espírito, que, quando “curado” em sua compreensão das leis que nos regem, não promove o adoecimento do corpo físico.
Não sendo outra razão do Apóstolo do Espiritismo ter escrito1: “[…] o magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes, do pai de família, da mãe para seus filhos, de quantos sabem verdadeiramente amar.”
1DENIS, Léon. No invisível. Trad. Leopoldo Cirne. 9. ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 1981. Parte 2, cap. XV.
Magnetismo, a medicina dos desvalidos
mar 09, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Magnetismo, a medicina dos desvalidosLike
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