Na poesia aparecem elementos precursores do Romantismo, como em As noites de Edward Young (1683-1765), que introduz o elemento noturno, e em Ode ao entardecer de William Collins (1721-1759).
Ao mesmo tempo, surge certa moda medievalista que gera uma fraude literária curiosa: James Macpherson ( 1736-1796) publica as Poesias de Ossián, supostos fragmentos de um antigo poema celta, que durante muito tempo foram tomadas por autênticos.
Afigura poética de maior destaque é William Blake (1757-1827). Suas composições, entre o simbólico e o visionário, o religioso e o realismo, são de classificação difícil, pois antecipam o Romantismo e também o Simbolismo do final do século XIX.
Além de escrever poesia, Blake era pintor. Sua pintura, baseada em visões fantásticas muito simbólicas, tem certa influência de Michelangelo na musculatura das figuras.
Aplicou sua arte pictórica para ilustrar tanto suas próprias composições como a de outros: o Paraíso perdido de Milton ( um de seus livros favoritos) e As noites de Edward Young.
A relação que há entre os poemas e as ilustrações é complexa e exige imaginação por do leitor, já que se baseia mais na sensação que o poema transmite do que em seu tema.
Entre os século XVII e XIX surge um subgênero popular da narrativa, o romance gótico: folhetins de ambientação medieval ou exótica, com crimes, cenas noturnas, mistérios etc. Destacam-se títulos como O castelo de Otranto de Horace Walpole (1717-1797), A monja de Matthew G. Lewis (1775-1818) e sobretudo Frankenstein de Mary Shelley (1797-1851).
Prof. José Pereira da Silva