A Alemanha e a Itália foram os países europeus mais influenciados pela cultura iluminista francesa. Na Alemanha, a estética neoclássica tem um breve desenvolvimento e é substituída pelo pré-romantismo. Na Itália, o gênero mais importante é o teatro.
Nas cortes dos inúmeros estados alemães se desenvolve uma lírica rococó de pouco valor. Predomina uma estética classicista, didática e de respeito às regras, difundida pelas teorias de Johann Gottsched (1700-1766). Seu ideal de poesia, derivado dos princípios iluministas, propõe a união da clareza e verossimilhança com o conteúdo moral.
A precoce valorização da paisagem, que será muito importante para os românticos, é mais interessante. O suíço Albrecht Von Haller (1708-1777) escreve o poema descritivo “Os Alpes” e Friedrich Klopstock (1724-1803) reflete seus sentimentos nos fenômenos da natureza. Sua obra principal foi um vasto poema épico em vinte cantos sobre a vida de Cristo, “Messias”.
Na Narrativa o interesse pela Antiguidade se reflete na História de Agatón, de Chrstoph Wieland (1733-1813), romance de ambientação grega. Por outro lado, A ilha de Felsenburg de Johann Schnabel (1692-1752) descreve, com ecos do Robinson Crusoé, a comunidade utópica formada por alguns náufragos.
A maior figura da época é Gotthold Lessing (1729-1781). Escreve um tratado de estética chamado Laocoonte, em que faz um estudo comparativo entre as distintas artes que antecipa idéias do Romantismo.
Também é importante seu trabalho como teórico teatral (A dramaturgia de Hamburgo) e como dramaturgo. Escreveu dramas burgueses de final feliz, como Minna Von Bamhelm, tragédias como Emilia Galotti, de ambientação italiana, e um drama simbólico religioso, Natán, o sábio.
Prof. José Pereira da Silva