O afã pela busca da beleza perfeita, tão importante na poesia francesa dessa época, também existe na literatura inglesa do final do século. Seu difusor foi Walter Pater ( 1839-1894), teórico da “arte pela arte”, conceito que reflete alegoricamente em seu romance histórico Mário, o epicurista.
O maior representante do esteticismo foi o irlandês Oscar Wilde (1854-1900), que também aplicou esse ideal à sua vida. Além de escrever obras de teatro importantes, Wilde foi o criador de contos muito charmosos para crianças; seus relatos compilados no livro O príncipe feliz e outros contos. Essas narrativas são de índole variada: policiais, fantásticas ( O fantasma de Canterville) e outras em que a beleza é empregada como uma alegoria de valor moral.
Wilde também é autor do romance O retrato de Dorian Gray, história de um libertino eternamente belo e jovem, cuja maldade se transfere a um quadro que o enfeia progressivamente.
Esse romance representa a vertente decadentista do esteticismo, que se caracteriza pela recriação de personagens e ambientes imorais e em crise, e por uma visão muito cética de tudo.
Na prisão , onde passou dois anos após ser acusado de homossexualidade, escreveu uma carta emotiva, De profundis, e o poema “Balada do cárcere de Reading”.
Prof. José Pereira da Silva