O Barroco inglês ocorre em um século XVII tumultuado pelas mudanças políticas e pelas guerras civis, mas é uma época dourada para a literatura que, além do auge do teatro, abre espaço para a obra de grandes poetas, como John Donne e John Milton.
Na Inglaterra a transição do Renascimento ao Barroco marca o movimento eufuísta. O nome vem do romance Euphues ou A anatomia do engenho, de John Lyly (1554-1606), obra de estilo cortês que trata da educação idônea para um cavaleiro. O romance, de muito êxito, impõe um estilo literário preciosista e retórico, baseado no engenho e na elegância formal.
Depois do êxito do romance, Lyly publicou uma segunda parte, Euphues e sua Inglaterra, em que exalta a figura da rainha Elizabeht I.
Outro gênero praticado entre os séculos XVI e XVII é o poema mitológico, com muito emprego de metáforas. Os poemas Herói e Leandro, de Marlowe, e Vênus e Adônis, de Shakespeare, são representantes desse gênero.
No século XVII, ainda, destaca-se o grupo de poetas metafísicos, de orientação oposta às correntes de literatura de cavalaria dos séculos XVI e XVII. Trata-se de uma poesia reflexiva e moral, com denso conteúdo cultural.
Neste tipo de poesia se destaca George Herbet (1593-1633), com versos de fundo religioso que desprendem uma atitude modesta. Sua poesia está publicada no livro O templo.
Henry Vaughan (1622-1695) é outro poeta importante desse grupo. Influenciado pela obra de Herbert, também escreve poesia de tema religioso e filosófico, mas com uma presença maior de elementos próprios da poesia secular.
Prof. José Pereira da Silva