A obra literária de Jorge Luís Borges (1899-1986) constitui um precedente de toda a narrativa posterior nela, o filosófico e o metafísico se combinam muitas vezes com o fantástico e o irônico.
Sua obra se torna o ponto de referência da narrativa de seu tempo, em uma fase de transição entre a vanguarda e as novas formas do romance.
Borges se destaca, antes de tudo, por seus contos, recolhidos em livros como Ficções (1944), O Aleph (1949) e O livro de areia (1975).
O seu estilo se caracteriza pela concisão e pela ironia, bem como pela alta carga cultural. Sua complexa temática filosófica apresenta vários subtemas, como o caráter ilusório da realidade, que se confunde com a ficção; o mistério da identidade; o mundo como labirinto indecifrável e a concepção circular do tempo.
A importância das preocupações existenciais próprias da literatura ocidental nos anos 1940 e 1950 tem também reflexo nos autores latino-americanos, especialmente nas figuras de Onetti e Sábato, representantes do que se veio a chamar narrativa existencial.
Prof. José Pereira da Silva