Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645) é o principal representante do conceptismo poético, tendência que defende uma forma de escrever baseada no gênio do artista.
Ocupou alguns cargos políticos, como o de diplomata e secretário do rei, mas por desavenças chegou a ser preso, o que debilitou muito sua saúde e, depois de ser libertado, acabou causando sua morte.
A ironia, a paródia, os jogos de palavras e as metáforas são uma constante de seu estilo. Sua poesia é muito variada: nela praticamente todos os temas são abordados.
Em seus poemas de tom sério trata de temas como o amor, o desengano, o tempo e a morte. Na poesia amorosa, Quevedo segue o modelo petrarquista. A descrição da beleza e da sensualidade da mulher dá um tom singular a seus poemas.
Sua poesia filosófica, religiosa e moral é formada por uma série de criações em tom angustiado.
Nos poemas burlescos, junto com o humor, percebe-se também uma visão pessimista da vida. Aborda os costumes de seu tempo, satiriza rivais literários como Góngora e parodia personagens mitológicos.
Prof. José Pereira da Silva